12/07/07 |

Produtores do Sergipe conhecerão novos materiais de mandioca

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Disponibilizar materiais de mandioca tolerantes à podridão de raiz e com alto potencial produtivo para a região semi-árida de Sergipe. Este é o objetivo dos pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju – SE) que há um ano testam 20 materiais em um experimento implantado no município sergipano de Carira. Na dia 18 de julho os produtores terão a oportunidade de conhecer o desempenho destes materiais durante dia de campo no assentamento Edmilson Oliveira, em Carira, a partir das 9h. Durante o evento, será feita a colheita dos materiais e a expectativa é que, produtores e pesquisadores, selecionem algumas variedades de mandioca brava para produção de farinha e fécula para o plantio na região.Pesquisadores e agricultores esperam superar dois problemas característicos da cultura da mandioca no Nordeste do Brasil: a carência de variedades tolerantes à podridão de raízes e a baixa produtividade. Carira é um exemplo. Há cerca de duas décadas, praticamente todo plantio foi extinto por falta de bons materiais. "Estamos tentando mudar este cenário. Os testes realizados beneficiarão também todos os municípios localizados no sertão-ocidental de Sergipe", afirma o pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros Hélio Wilson de Carvalho. Outra vantagem é que a parte área da mandioca geralmente é usada pelo sertanejo para alimentar o gado.Entre os 20 materiais que estão sendo testados, está a variedade Kiriris, que é um híbrido resistente à podridão de raízes e já foi avaliado em diversas regiões obtendo excelentes resultados. Em Sergipe, a doença causa perdas de produtividade de até 100%. Em 2006, paralelo ao trabalho com variedade de mandioca brava, os pesquisadores implantaram também um ensaio com dez variedades de aipim (macaxeira) também com o objetivo de selecionar materiais com alta produtividade de raiz e tolerante à podridão. Entre os que foram testados está Manteiga de Raiz Amarela, que é rica em betacaroteno. Os trabalhos já foram ampliados neste ano com a implantação de seis experimentos, nos quais serão avaliados 50 materiais. As pesquisas fazem parte do projeto de melhoramento de mandioca para biofortificação e para a indústria de farinha e fécula, liderado por Wania Fukuda, pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, e foram avaliadas pela Rede de Validação de Cultivares de Mandioca para o Nordeste, liderada pelo pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros Hélio Wilson de Carvalho. O objetivo do estudo é desenvolver novos clones adaptados aos sistemas de produção em uso pelos agricultores, contribuindo para um aumento de produtividade e qualidade do produto final.Durante o dia de campo, realizado pela Embrapa Tabuleiros Costeiros - Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – com a parceria do Departamento de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Deagro), haverá degustação e distribuição de manivas da Kiriris e do Lagoão. "Essas duas variedades devem despertar grande interesse aos produtores por causa da resistência à podridão da raiz, no caso da primeira, e da alta produtividade, no caso da segunda", explica Hélio Wilson de Carvalho. Ele acrescenta que esses trabalhos são imprescindíveis, principalmente, para os agricultores familiares.  O dia de campo conta com o patrocínio da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, prefeitura de Carira, Banco do Brasil e Banco do Nordeste.Gislene Alencar – Jornalista MTb/MG 05653 JPEmbrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju – SE)Contatos: (79) 4009-1361

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