17/07/07 |

Barraginhas são adaptadas para quintais urbanos

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Uma adaptação simples do processo de construção das barraginhas, tecnologia que capta a água das chuvas, impedindo o aparecimento de erosões e recuperando áreas degradadas, tem viabilizado ganhos ambientais e sociais em comunidades urbanas e em regiões onde não há acesso de máquinas agrícolas, seja por limitações físicas ou financeiras.

Denominadas pelo engenheiro agrônomo Luciano Cordoval de Barros, da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), como barraginhas artesanais urbanas, a técnica consiste em captar a água das chuvas utilizando materiais artesanais, como bambus, ripas de madeira ou talos de bananeira. Em quintais urbanos ou em pomares constroem-se barreiras de terra em forma de meia-lua nas imediações de árvores frutíferas, por exemplo. Para evitar o escoamento da água, a terra é envolta por uma camada de lona e cercas feitas por bambus, talos de bananeira ou por ripas de madeira fazem com que a água permaneça nos quintais, mantendo o solo úmido.

"É uma alternativa simples, barata. A técnica permite o aproveitamento da água da chuva e da própria água usada na irrigação do local. As barraginhas urbanas impedem também a erosão do solo nestes quintais, já que as barreiras feitas por bambus ou outros materiais seguram a terra que vem junto com a água", explica Cordoval. Segundo o engenheiro agrônomo, a técnica vem sendo utilizada por comunidades de agricultores do Vale do Jequitinhonha, no Norte de Minas, e também por horticultores no município mineiro de Bambuí, sua terra natal.

Um exemplo é a dona-de-casa Terezinha Vasconcelos Rabelo, que construiu cinco barraginhas urbanas em seu quintal. Cultiva goiaba, manga, carambola e jabuticaba."Construí as barraginhas há menos de quatro meses e as plantas estão mais verdes, mais viçosas. Aproveitando a umidade que está no terreno, já semeei alface e outras verduras. Vou cultivar também plantas medicinais", diz, entusiasmada.

Mais informações sobre o processo de construção das barraginhas urbanas podem ser obtidas junto à Embrapa Milho e Sorgo, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pelo telefone (31) 3779-1107 ou ainda pelo e-mail cordoval@cnpms.embrapa.br . 

Guilherme Ferreira Viana (MTb/MG 06566 JPEmbrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG)www.cnpms.embrapa.brÁrea de Comunicação Empresarial (ACE)Tel.: (31) 3779-1123E-mail: cordoval@cnpms.embrapa.b

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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