18/07/07 |

Fórum discute questão energética no nordeste

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

A política de energia na região nordeste será um dos temas abordados no Fórum BNB de Desenvolvimento, que se realiza nos dias 19 e 20 de julho, em Fortaleza. Promovido pelo Banco do Nordeste, o evento conta com a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), para tratar da questão energética na região.

O diretor-executivo da Empresa, José Geraldo Eugênio de França, falará sobre o tema, mostrando a contribuição da Embrapa para reformatar a matriz energética do Nordeste. Segundo o diretor, a região possui alto potencial de produção de energia a partir da biomassa, o que orienta o trabalho da Empresa na região em três linhas.

A produção de biodiesel é uma delas, já que a região é rica em oleaginosas, a exemplo da mamona, principalmente na região do Semi-árido. Além disso, a Embrapa já iniciou pesquisas com o pinhão manso, que pode ser mais uma alternativa para a produção de biodiesel. Nas áreas mais úmidas, como as litorâneas e zonas de mata, é possível produzir outras oleaginosas, a exemplo do dendê, do babaçu, da macaúba, entre outras.

Outra opção é a cana-de-açúcar para a produção de etanol. A Zona da Mata do Nordeste deverá produzir, na safra 2007/2008, 66 milhões de toneladas de cana, o que representa cerca de 12% da produção nacional estimada. De acordo com Geraldo Eugênio, ainda há muito que se explorar na região. "Os estados do Piauí e Maranhão têm ainda uma vasta área de expansão. No Parnaíba (PI/MA) são 200 mil hectares de área propícia para o plantio da cana, que pode se constituir uma das principais atividades da região.

O terceiro ponto é a questão da energia proveniente da biomassa florestal, como carvão e lenha, que coloca o Brasil como um dos países líderes em energia renovável. A Embrapa tem se preocupado com a questão do reflorestamento das áreas desmatadas na região, considerando o crescente consumo dessa energia por diversas indústrias que estão no local. "A região possui espécies exóticas como eucalipto e nima (planta proveniente da Ásia), mas é preciso ter uma política de cobertura para as áreas desmatadas", explicou o diretor.

Para Geraldo Eugênio, no Brasil há espaço para agricultura de energia suficiente para expandir a própria economia do país. "Podemos progredir muito com as opções que temos aqui no Brasil para a produção de energia, sem comprometer a produção de alimentos e de uma forma sustentável. É mais uma oportunidade econômica, não só para a região nordeste, como para todo o país."

Além da questão energética, o fórum vai tratar de outros assuntos como emprego e renda, finanças, indústria e comércio, meio ambiente e desenvolvimento local, entre outros.

Juliana Freire (MTb 3053/DF)Contatos: (61) 3448-4039juliana.freire@embrapa.br

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/