31/07/07 |

Morre primeiro presidente da Embrapa

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O primeiro presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), José Irineu Cabral (à esquerda na foto), morreu nesta terça-feira (31/07), em João Pessoa, aos 82 anos, vítima de um câncer na medula.

Ao tomar posse como presidente da Embrapa, em 26 de abril de 1973, Irineu assumiu o desafio de contribuir para o desenvolvimento de uma empresa que apoiasse uma agricultura, a um só tempo, moderna e eficiente, e acima de tudo, instrumento de justiça e progresso nacional.  "Nada mais fascinante para esta geração de administradores, de técnicos e cientistas, de líderes do setor privado, dos produtores e trabalhadores, do que esta missão de construir e desenvolver uma instituição como a Embrapa", ressaltou em seu discurso de posse.

Pernambucano, nascido no município de Surubim, Irineu estudou Economia e se formou em Direito, pela Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1950. Dedicou-se exclusivamente ao gerenciamento de instituições rurais, a maioria delas relacionadas com projetos agrícolas, de crédito, assistência técnica e estudos agrários, Irineu acumulou também experiência internacional na direção de organismos como o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Comitê Interamericano de Desenvolvimento Agrícola (Cida) e o Departamento de Projetos Agrícolas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).  

No Brasil, foi chefe de gabinete do Ministério da Agricultura e fundador da Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural (ABCAR), entre outras instituições de importância do setor agrícola.

Em 2005, publicou o livro "Sol da Manhã" - A Memória da Embrapa"  que revela detalhes sobre a criação da Empresa.  Ao escrever a obra, Irineu procurou resgatar a memória da instituição, relatando fatos e episódios que marcaram a implantação da Embrapa, destacando-se as conquistas e avanços alcançados, a significativa contribuição ao desenvolvimento da agricultura nacional e dificuldades e obstáculos encontrados ao longo dos anos.

Homenageado pela Embrapa Cerrados (Brasília-DF), em 2003, junto com os outros primeiros diretores-executivos da Embrapa, Eliseu Roberto de Andrade Alves, Edmundo da Fontoura Gastal, Roberto Meirelles de Miranda e Almiro Blumenschein, Irineu Cabral ressaltou que o sonho de 1972 estava em plena realização. "Estamos felizes com a homenagem e com o reconhecimento de que somos alguns dos fundadores deste grande orgulho que é a Embrapa." Para o atual presidente da Embrapa, Silvio Crestana (à direita na foto), Irineu Cabral foi base fundamental para que a Embrapa se tornasse hoje a instituição nacional responsável, em grande parte, pelo apoio tecnológico à agricultura do país. "Ao longo dos seus 34 anos, a Embrapa apresenta um saldo de conquistas positivo, e isso se deve ao envolvimento de pessoas sérias e  comprometidas com o progresso do país. Irineu Cabral foi uma dessas personagens que, com sua visão de futuro, construiu bases sólidas para consolidar um projeto inovador para a pesquisa agropecuária no Brasil."  

O corpo de Irineu será velado na central de velórios Apta, na avenida Floriano Peixoto. Ele será sepultado no cemitério do Monte Santo, às 10 horas, em Campina Grande, Paraíba.

Juliana Freire (MTb 3053/DF)Contato: (61) 3448-4039Juliana.freire@embrapa.br 

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