01/08/07 |

Demanda por energia e alimento deve garantir bons negócios para a soja

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As "Perspectivas da soja como fonte de energia e alimento" foram o tema da palestra apresenta hoje pelo pesquisador Amélio Dall´Agnol, durante a 29ª Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central do Brasil (RPSRCB), que está sendo realizada em Campo Grande (MS). O evento é uma promoção da Embrapa Soja e da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (UNIDERP), com apoio da Embrapa Agropecuária Oeste, Embrapa Gado de Corte, Fundação Vegetal, Fundação Chapadão e Fapeagro.

O pesquisador mostrou que a soja vai continuar sendo um bom negócio para o produtor brasileiro nos próximos anos, por causa do crescimento da demanda mundial por alimento e biocombustível.

Em 2008, o Brasil deverá produzir 800 milhões de litros para atender a demanda de B2, que é o acréscimo de 2% ao diesel. Hoje no Brasil, a soja responde por 90% do óleo produzido e, num primeiro momento, será a matéria-prima mais usada na produção de biodiesel.

Em 2006, foram produzidos 196 milhões de litros de biodiesel no Brasil, sendo 80% a partir da soja e os outros 20% da mamona, do girassol e do dendê. "No entanto, já existem usinas com capacidade de produzir hoje 545 milhões de litros. Estas usinas estão paradas por causa do elevado preço da soja", avalia Dall´Agnol. Há uma disparada no preço internacional da soja. Dall´Agnol diz que o preço da soja está girando em torno de U$14,00 a saca, o que é superior a média histórica de U$11,00 a saca.

Na avaliação do pesquisador, o preço deve se manter alto, já que a expectativa de crescimento da população mundial será de 17% ou 1,1 bilhão pessoas, nos próximos 15 anos, segundo a FAO, agência de agricultura da ONU. "Com o crescimento da população cresce a demanda por comida e energia", diz.

Aliado a este fato, os Estados Unidos, maior produtor mundial do grão,substituiram, em 2007, 4,7 milhões de hectares de soja por milho, estimulando a expansão da produção brasileira. "A expectatica de produção de milho dos EUA é de aproximadamente 320 milhões de toneladas milho, em 2007. A meta de utilização de milho para etanol é de cerca de 30% da sua produção", avalia.

Segundo a ONU, hoje existem 1,9 bilhões de hectares agricultável e 900 milhões de hectares ainda estão disponíveis no planeta. "Os EUA, a Argentina e o Brasil respondem hoje por 90% da exportação mundial de soja e o Brasil é o único com capacidade de expansão de sua área agrícola", afirma Dall´Agnol.

A 29ª Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central do Brasil (RPSRCB) realizada nos dias 31 de julho e 1 de agosto, na Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (UNIDERP), em Campo Grande (MS), reuniu cerca de 300 pesquisadores, profissionais da assistência técnica e outros representantes da cadeia produtiva da soja.

Jornalista: Lebna Landgraf (MTb 2903)Embrapa SojaTelefone: (43) 3371-6061E-mail: lebna@cnpso.embrapa.br

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