03/08/07 |

Reunião propõe novas tecnologias para produção de soja

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A rede de ensaios para controle de doenças na cultura da soja, da qual participaram 18 instituições na safra 2006/2007, realizou, pelo terceiro ano, ensaios em rede para avaliar a eficiência dos fungicidas registrados para o controle da ferrugem asiática. O resultado foi apresentado durante a 29ª Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central do Brasil (RPSRCB) que termina hoje, 1º de agosto, em Campo Grande (MS).

A rede de ensaios agrupou os fungicidas, conforme sua eficiência. A tabela completa será publicada no livro "Tecnologia de Produção de Soja", editado pela Embrapa Soja, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Durante a Reunião de Soja, algumas instituições informaram que estão pesquisando alternativas para controlar a soja RR voluntária, também denominada de guaxa: soja que emerge após a colheita da lavoura comercial. "O controle é importante quando os produtores semeiam alguma cultura em sucessão a soja RR, pois normalmente realizam a operação de dessecação pré-plantio com o herbicida glifosato, que é ineficiente para o controle da soja RR", alertam os pesquisadores participantes da comissão de plantas daninhas.

Segundo eles, o controle da soja RR voluntária também é preocupante em situações de pousio (período sem cultura de inverno no campo) após a colheita da soja comercial, "porque a soja voluntária pode ser multiplicadora de doenças, como a ferrugem asiática", relatam os pesquisadores.

Na comissão de plantas daninhas, também foi discutida a importância de se manter os princípios do Manejo Integrado de Plantas Daninhas em todo o sistema de produção da soja RR. "Atenção especial foi dada para a manutenção de eficiente dessecação em pré-semeadura, impedindo a matocompetição (planta daninha competindo com a soja). Também indicamos evitar o uso repetido e excessivo do glifosato, prevenindo o surgimento de espécies tolerantes e resistentes. Outro ponto importante é a rotação de herbicidas com mecanismos de ação diferenciados", recomendam os pesquisadores.

Dentre as mudanças propostas durante 29ª Reunião de Pesquisa de Soja, também está a inclusão na publicação Tecnologias de Produção de Soja, de uma tabela para interpretação de teores de micronutrientes (cobre, manganês e zinco) nos solos do Paraná. "Anteriormente só havia uma tabela para todos os solos das regiões produtoras. Agora, propomos uma tabela específica para o Paraná, o que melhora a eficiência da interpretação da análise de solo e a tomada de decisão da assistência técnica e dos produtores", explica o pesquisador Gedi Sfredo, da Embrapa Soja.

A tabela traz indicação dos níveis – baixo, médio, alto e muito alto – dos micronutrientes no solo, o que orienta sobre a necessidade ou não de sua aplicação. "A inclusão do nível muito alto na tabela é um diferencial que mostra quando não há mais necessidade de aplicação dos micronutrientes para evitar gastos desnecessários dos agricultores", explica GediO pesquisador Rubens Campo, da Embrapa Soja, apresentou trabalho reduzindo as doses de molibdênio (Mo) em soja, cujas sementes foram previamente enriquecidas com o nutriente. O molibdênio é um micronutriente que pode melhorar a capacidade da fixação biológica do nitrogênio (mecanismo de incorporação do nitrogênio do ar pela planta).

Assim, caso o agricultor opte por usar a semente previamente enriquecida com molibdênio, a recomendação é para a aplicação de somente 10 gramas de Mo por hectare, via foliar.A 29ª Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central do Brasil (RPSRCB) é uma promoção da Embrapa Soja e Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal com apoio da Embrapa Agropecuária Oeste, Embrapa Gado de Corte, Fundação Vegetal; Fundação Chapadão e Fapeagro.

Jornalista: Lebna Landgraf (MTb 2903)Embrapa SojaTelefone: (43) 3371-6061 (67) E-mail: lebna@cnpso.embrapa.br

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/