Um grupo de 70 produtores familiares do Alto e Baixo Acre participa, neste sábado, 4, de um Dia de Campo sobre Sistema Produtivo Sustentáveis, para conhecer as tecnologias relacionadas às culturas do feijão, arroz e mandioca, arborização de pastagem, cana-de-açúcar, hortaliças, milho, oleaginosas, amendoim comestível, gramíneas, recuperação de nascentes e outras pesquisas desenvolvidas por instituições governamentais do Acre e Embrapa.

O evento acontece no parque de exposições Castelo Branco e é fruto de uma parceria entre a Embrapa Acre (Rio Branco-AC), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e Secretarias Estaduais de Meio Ambiente, de Agricultura e Pecuária, de Produção Familiar, Instituto de Meio Ambiente do Acre e Instituto de Terras do Acre.

Este conjunto de tecnologias foi apresentado no último dia 1º a uma comitiva de 40 produtores rurais peruanos, vindos de Ibéria e Porto Maldonado, Departamento de Madre de Dios. O grupo está em Rio Branco (AC) em busca de alternativas tecnológicas para melhorar a produção agrícola e de carne e leite na região de fronteira.

De acordo com Alejandro Berrocada, representante do Funcodes – Fundação Nacional dos Direitos Sociais do Peru, o objetivo da viajem é verificar como os avanços tecnológicos brasileiros podem contribuir para o desenvolvimento do seu país. "É muito importante saber que estas tecnologias existem, pois assim, os produtores poderão reivindicar junto ao governo peruano linhas de créditos para a agricultura familiar", diz.

Situadas na selva peruana, Ibéria e Porto Maldonado enfrentam sérias dificuldades no setor agrícola e pecuário. Nestas regiões, predomina a agricultura familiar, voltada para culturas como milho, arroz, feijão e mandioca e pecuária leiteira, cujas atividades são desenvolvidas com baixo nível tecnológico.

O produtor Felix Toro trabalha com piscicultura, pecuária e agricultura há vários anos. Ele acredita que o Brasil possui mais recursos tecnológicos, em relação ao Peru, e que o Acre pode contribuir com o crescimento do país vizinho. "Boa parte de nossa produção é para consumo próprio. Queremos mudar essa realidade e, para isto, necessitamos de apoio tecnológico", afirma.

Para o pesquisador Tadeu Marinho a semelhança das condições de clima e solo em relação ao Acre favorece a integração entre os dois países. Ele acredita que com tais características, algumas tecnologias podem ser facilmente transferidas e adaptadas aos sistemas produtivos praticados na região fronteiriça.

Mais informações:Tadeu MarinhoEmbrapa AcreContato: (068) 3212-3236 / tadeu@cpafac.embrapa.br

Diva Gonçalves Embrapa AcreContato: (068) 3212-3272 / diva@cpafac.embrapa.br