03/08/07 |

Pós-Graduação em Biodiversidade conta com parceria da Embrapa Amapá

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O governo brasileiro elaborou o Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) para enfrentar o desequilíbrio entre as regiões. Em torno de 48% dos professores universitários que atuam no Sudeste têm títulos de pós-graduação, enquanto na região Norte apenas 5% cursaram mestrado ou doutorado. O papel da área de ecologia e meio ambiente neste plano de pós-graduação é o tema da aula inaugural da segunda turma dos cursos de Mestrado e Doutorado em Biodiversidade Tropical, implantado ano passado no Amapá.

A aula será ministrada pelo representante da Área de Ecologia e Meio Ambiente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), professor Fábio Rubio Scarano, na próxima segunda-feira, 6, às 18h30, no auditório da Reitoria da Universidade Federal do Amapá (Unifap).

A oferta dos cursos de mestrado e doutorado fazem parte do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBIO) do Amapá, um modelo inédito no Brasil, resultado de uma parceria entre a Unifap, Instituto Estadual de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), Embrapa Amapá e organização não-governamental Conservação Internacional (CI-Brasil).

Na manhã de segunda-feira, 6, Fábio Rubio Scarano, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, reunirá com os professores e o Conselho das instituições parceiras do PPBGIO e à tarde o encontro será com os alunos. O PPGBIO está estruturado em três linhas de pesquisa quevisam responder às seguintes questões: qual a composição da biodiversidade amazônica e como ela muda ao longo do tempo e do espaço; como conservá-la de forma eficiente; e como utilizá-la de forma sustentável.

A ecologia é a ciência que integra as três linhas de pesquisa e serve como referência conceitual para o desenvolvimento de interações com outras disciplinas das Ciências Biológicas, Exatas e Humanas. De acordo com a coordenadora do PPBGIO, Helenilza Cunha, dos 92 inscritos para a seleçãoda segunda turma do Programa, 16 foram classificados, a maioria é do Amapá e há também alunos do Rio de Janeiro e do Pará.

O pesquisador da Embrapa Amapá, Ricardo Adaime, integrante do grupo de professores do Mestrado, disse que a participação da instituição de pesquisa agropecuária faz parte da diretriz de atuar na formação de pessoal qualificado no próprio Estado do Amapá. "Colocamos à disposição docurso a estrutura dos nossos laboratórios e dos campos experimentais. Além disso, os alunos poderão desenvolver projetos relacionados às área de interesse da Embrapa Amapá (agroflorestal e agropecuária)", explicou Adaime, orientador da disciplina Controle Biológico de Pragas Agrícolas.

Uma das características do mestrado ofertado no PPGBIO é a elaboração de programa de estudos que contemplam as próprias demandas do Amapá e da região Norte. Por exemplo, no primeiro semestre deste ano a primeira turmaparticipou de uma aula prática de Ecologia do Campo na Estação Ecológica do Jari, que abrange áreas dos estados do Amapá e Pará. O pesquisador da Embrapa Amapá, Marcelino Guedes, orientador de dois alunos no mestrado, disse que entre as várias atividades, foram feitos levantamentos e novas identificações de aves, répteis, anfíbios e mamíferos. "Os alunos fizeram também estudos de fatores abióticos, como microclima (temperatura, umidade e luz) e recuperação de áreas degradadas, usando a área de um garimpo desativado pela Ibama, que funcionou dentro da Estação Ecológica", detalhou Guedes.

Dulcivânia Freitas - DRT/PB-1.063Tel: 96-3241-1551 - Ramal 215 / 9902-9959 Fax: 0xx96-3241-1480E-mail: dulcivania@cpafap.embrapa.br

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