Pesquisadores da Embrapa Algodão (Campina Grande-PB) estão divulgando resultado de pesquisa que assegura a viabilidade do cultivo do algodão em regime de sequeiro com níveis de produtividades viáveis. Esse modelo de plantio é característico  na região Nordeste, principalmente por agricultores familiares. Pesquisa com esses dados será divulgada no 6° Congresso Brasileiro do Algodão, que acontece no período de 13 a 16 de agosto, em Uberlândia (MG).

"A produtividade média de algodão em pluma situou-se em torno de 636,78 quilos por hectare, com uma renda líquida média de R$ 584,41", garante Gleibson de Cardoso, um dos autores do projeto, que foi desenvolvido em três municípios paraibanos (Gurinhem, São José de Piranhas e Juarez Távora).

O especialista diz que, nesse municípios, o quilo do algodão foi comercializado em pluma ao preço de R$ 2,91, permanecendo com preço constante durante todo período de comercialização. Segundo Gleibson, a taxa média de retorno obtida pelos produtores que participaram da pesquisa foi de 54%. "Ressaltamos que as eventuais baixas produtividades observadas na pesquisa podem ter ocorrido em função de irregularidades climáticas ocorridas durante o período de desenvolvimento e crescimento da cultura", acrescenta Cardoso.

Para a pesquisa foram instaladas em 14 unidades demonstrativas em áreas medindo entre meio e três hectares, plantadas com a cultivar de algodão herbáceo BRS 187, desenvolvida pela Embrapa Algodão. "Os trabalhos tiveram acompanhamento sistemático em todas as fases, desde o preparo do solo, colheita, armazenamento e beneficiamento da produção, feito nas mini-usinas e prensas enfardadeiras existentes em duas das três comunidades", detalha o especialista.

A cultura algodoeira é explorada em toda região Nordeste. A região destaca-se pelo excelente algodão que produz, principalmente no que diz respeito à qualidade intrínseca da fibra.

Jornalista: Dalmo Oliveira - DRT 0598/PBContatos: (83) 315.4378 – (83) 9154.1535 E-mail: dalmo@cnpa.embrapa.br