22/08/07 |

Mangabeira Unger visita a Embrapa

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O secretário de Ações Especiais de Longo Prazo do Governo Federal, Mangabeira Unger, visitou a Embrapa no início da noite de ontem (21/08) para conhecer o trabalho da Empresa. "A Embrapa é uma instituição que sempre me fascinou a distância, por fazer parte do desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil e por sua importante atuação na Amazônia", disse ele, que foi recebido pelo diretor-presidente Silvio Crestana.

Mangabeira ressaltou que durante as reuniões de sua equipe de trabalho, por diversas vezes surgiu a idéia de se criar uma instituição semelhante à Embrapa para atuar no desenvolvimento de pesquisas voltadas para o setor industrial. "Com essa visita, queremos aprender com a experiência da Embrapa, para sabermos o que fazer e o que evitar", afirmou.

De acordo com Mangabeira, nesta fase inicial de trabalho da Secretaria de Ações Especiais de Longo Prazo, ele e sua equipe estão se dedicando a conhecer em profundidade todas as áreas do governo para definir estratégias de ação e políticas concretas. "Queremos provocar uma discussão sobre essas estratégias na sociedade, para que o projeto que surja a partir daí seja um projeto de Estado, e não de governo", explicou o secretário.

Ele destacou a importância de se quebrar o paradigma de encontrar alternativas produtivas, que sejam ambientalmente viáveis, para a Amazônia por meio de um zoneamento adequado; e da criação de políticas sociais com um viés capacitador. Na área agropecuária, Mangabeira comentou sobre a necessidade de se fortalecer o sistema de extensão e apoio ao produtor, na busca constante por soluções para os riscos climáticos e econômicos que o setor enfrenta.

Cipoal jurídico -  O diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana, explicou ao secretário que a Empresa foi criada para ser ágil e flexível, ao contrário do sistema que existia antes. "Foi uma ousadia para a época criar uma empresa pública de direito privado", afirmou. Hoje, no entanto, segundo Crestana, existe uma grande dificuldade para se implantar os preceitos de leis que poderiam alavancar o desenvolvimento da pesquisa no País, como a das Parcerias Público-Privadas, a Lei de Biossegurança e a Lei de Inovação Tecnológica. 

"De certo modo, houve um retrocesso com relação à época em que a Embrapa foi criada. É preciso romper com esse cipoal jurídico para que possamos avançar mais", frisou o diretor-presidente, ressaltando a necessidade de se encontrar um regime jurídico que proteja as instituições de pesquisa.          

Texto: Eduardo RodriguesContatos: (61) 3448-4568 - eduardo.rodrigues@embrapa.br

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