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Seap quer maior aproximação com a Embrapa

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A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) da Presidência da República quer um maior envolvimento da Embrapa na geração de pesquisas e de transferência de tecnologias na área de aqüicultura, pesca e carcinicultura no Brasil. "A pesquisa é central para a política de desenvolvimento dessas culturas no Brasil, é indutora desse desenvolvimento. E a Embrapa é a instituição que mais poderá nos ajudar. Não somente com compromissos pontuais, imediatos, mas principalmente com ações de longo prazo, que tenham continuidade, independente de governos, ministros ou mudanças políticas", afirmou o ministro Altemir Gregolin, da Seap, em encontro com o diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana, na tarde desta quarta-feira, diaz 22 de agosto.

A intenção inicial de Gregolin é assinar nas próximas semanas um acordo de cooperação entre os dois órgãos para financiamento de novas pesquisas e trabalhos, principalmente com aqüicultura. "A Secretaria tem hoje um orçamento em torno de R$ 100 milhões, mas que pretendemos quadruplicar junto ao Governo Federal. Deste total, cerca de R$ 2,5 milhões são voltados exclusivamente para o desenvolvimento de pesquisas", anunciou.

Segundo o secretário especial o país necessita muito de pesquisas sobre ordenamento, monitoramento e zoneamento da aqüicultura no território naiconal; estabelecimento de boas práticas e manejo; sanidade de organismos aquáticos; e até mesmo na produção de biodiesel a partir de algas – uma linha inexplorada no Brasil, mas que já está sendo bastante induzida na Europa.

Mapeamento – Gregolin, acompanhado do coordenador-geral de Incentivo à Pesquisa de Novas Gerações Tecnológicas, Erick Rautledge (que é pesquisador da Embrapa Meio-Norte), mostrou o resultado de um mapeamento de competências feito pela Seap no ano passado, que apontou que existem cerca de 300 pesquisadores especialistas em aqüicultura no país. "É um quadro pequeno diante das possibilidades e do desafio de desenvolvimento da aqüiicultura no Brasil. Nós queremos, por exemplo, dobrar a produção de pescado, mas precisamos capacitar mais especialistas para desenvolver novas tecnologias, produtos e processos que permitam esse salto", salientou.

Ele também destacou que o quadro de pesquisadores da Embrapa especializados nesta questão também é pequeno e que existem muitos cientistas da Empresa com excelente formação na área mas que estão desenvolvendo atividades em outras culturas, com aves, por exemplo. E elogiou a iniciativa da Diretoria de priorizar nos últimos concursos públicos a abertura de vagas para especialistas em aqüicultura.

Altemir Gregolin também abriu a possibilidade de parceria da Embrapa com várias fundações ligadas à Seap, que permitiria maior agilidade e flexibilidade na execução de pesquisas e ações de transferência de tecnologia.

MP1 – Silvio Crestana destacou que a Embrapa aprovou recentemente o seu primeiro projeto em rede de pesquisa sobre o melhoramento genético na aqüicultura brasileira. O projeto começa a ser desenvolvido em setembro, envolvendo uma estrutura de pesquisa formada por oito unidades da Embrapa, dez universidades federais, três estaduais, uma universidade norte-americana e outros importantes institutos de pesquisa. Serão objetos de pesquisa espécies nativas e exóticas, como o camarão branco, a tilápia, o tambaqui e o pintado.

A Embrapa vai liberar R$ 2,7 milhões para a pesquisa – R$ 2,5 milhões para custeio e R$ 200 mil para investimentos. O restante dos recursos terá de ser captado nos próximos quatro anos.

O final do encontro foi marcado pela convergência de uma necessidade mútua: a elaboração de um Plano Nacional de Aqüicultura, que, a exemplo do Plano Nacional de Agroenergia, poderia nortear as diretrizes para a pesquisa agropecuária no Brasil neste campo. Crestana colocou a Embrapa à disposição para ajudar na elaboração deste documento.

Texto: Robinson CiprianoContato: (61 ) 3448-4363 – robinson.silva@embrapa.br 

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