27/08/07 |

Pesquisas na América Latina impulsionam o cultivo de espécies nativas

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O cultivo de espécies nativas de peixes pode ser impulsionado, em curto prazo de tempo, por meio de pesquisa básica e aplicada. Essa é afirmação dos pesquisadores Lindsay Ross e Carlos Martínez-Palacios, que estarão palestrando no 1º Congresso Brasileiro de Produção de Peixes Nativos de Água Doce, que acontece de 28 a 31 de agosto de 2007, em Dourados-MS, na Embrapa Agropecuária Oeste (Doursdos-MS), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Desde 1983, o escocês Lindsay Ross e o mexicano, Carlos Martínez-Palacios pesquisam o desenvolvimento de espécies nativas no México e na América Latina, buscando minimizar os efeitos da introdução, redistribuição e reprodução de espécies exóticas. "O primeiro objetivo nosso foi proteger a biodiversidade dos sistemas, por isso focamos nossos projetos na pesquisa detalhada dos aspectos físicos e biológicos das espécies nativas mais importantes para o cultivo; mercado consumidor; benefícios sociais e conservação ambiental", explica Ross.

De acordo com os especialistas, as espécies nativas necessitam de um trabalho de alto nível e multidisciplinar que compreenda as características de cada espécie. Eles afirmam que "a incorporação de espécies nativas nos sistemas de cultivo semi-extensivo e intensivo requer informações técnico-científicas, que permitam obter os elementos significativos dentro da biologia e o manejo dessas espécies para serem integradas ao sistema de produção aqüícola. Com pesquisas sérias e bem direcionadas, uma espécie nativa pode ser incorporada ao cultivo num curto espaço de tempo, tendo bases científicas sólidas e de grande credibilidade, o que nos garantiriam a produção e êxito no cultivo, com grande escala comercial".

Segundo Ross e Martínez, os projetos nesta área precisam ter como direção o estabelecimento de uma reprodução continuada; a substituição de componentes dispendiosos da dieta por outros de menor custo; a seleção de raças que ofereçam crescimento em curto espaço de tempo e capacidade de multiplicação; o estudo de vacinas e controle de enfermidades que impeçam a mortalidade dos animais cultivados; e o aumento do valor agregado do produto, com o uso de seus subprodutos.

Agora, os estudiosos querem impulsionar a colaboração do governo e da indústria neste processo, "para que possamos ter uma boa produção de nossas próprias espécies e ao mesmo tempo satisfazer o Convenção de Biodiversidade, na qual o Brasil e todos os países da América Latina fazem parte".

Congresso – Lindsay Ross e Carlos Martínez-Palacios integram a programação do 1º Congresso Brasileiro de Produção de Peixes Nativos de Água Doce e do 1º Encontro de Piscicultores de Mato Grosso do Sul, promovidos pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (SEAP/PR), Sociedade Brasileira de Aqüicultura e Biologia Aquática (Aquabio) e pela Embrapa, com realização da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados) e Embrapa Pantanal (Corumbá).

As parcerias ficam por conta do Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Superintendência Federal de Agricultura, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, prefeitura municipal de Dourados, Câmara Setorial de Piscicultura/MS, Itaipu Nacional, Agraer, Sebrae, CNPq, UFGD, UEMS, Uniderp, Unigran, Mar e Terra, Douramix, MS Peixe e demais instituições de apoio.

Jornalista: Dalízia Aguiar - DRT 28/03/14/MSTel: (67) 3425-5122 r.: 180E-mail: dalizia@cpao.embrapa.br

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