31/08/07 |

Colheita de milho é parte de Dia de Campo da Embrapa Amapá

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Agricultores, pesquisadores, estudantes e técnicos de extensão rural se organizam para a segunda colheita da variedade de milho "Sol da Manhã" no estado do Amapá, neste próximo sábado, 1 de setembro, na área de cultivo da Escola Família Agrícola do Pacuí, distante 70 km de Macapá (AP), um espaço por excelência de experimentos e aprendizado em agricultura familiar sustentável. A colheita faz parte da programação do Dia de Campo "Tecnologia Tipitamba – plantio direto na capoeira sem uso do fogo", realizado pela Embrapa Amapá (Macapá-AM), em parceria com o Rurap, órgão de extensão rural do Governo do Amapá.

A cultivar "Sol da Manhã" foi desenvolvida pela Embrapa Agrobiologia (Seropédica-RJ) e Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) e lançada em 1998. A pesquisa envolveu agricultores da comunidade Sol da Manhã, localizada em Seropédica (RJ) e 42 instituições de pesquisa e Ongs em dez estados, um modelo queserviu de exemplo para a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Esta variedade de milho permite dobrar a produção em solos de baixa fertilidade natural em todas as regiões do Brasil e reúne as vantagens de rendimento melhor do que a média do mercado para essas condições, pode ser colhido antes das variedades tradicionais e por ter grãos duros, é mais resistente a pragas. "Além disso, por ser uma variedade e não um híbrido,os produtores podem guardar as sementes para o próximo plantio, sem ficarem na dependência de comprá-las no mercado", observou o pesquisadorda Embrapa Amapá, Marcelino Guedes.

A primeira colheita do milho "Sol da Manhã", realizada em agosto do ano passado, em uma área de aplicação do projeto Tipitamba no município de Laranjal do Jari, rendeu 3,11 toneladas de grãos por hectare. A perspectiva é de que o volume da colheita em Pacuí seja maior, pois numa avaliação anterior ao Dia de Campo os pesquisadores perceberam que houvemelhor desenvolvimento da cultura.

A colheita dá continuidade ao projeto Tipitamba no estado do Amapá. Esta tecnologia foi desenvolvida pela Embrapa Amazônia Oriental (Belém-PA) e está sendo aplicada em todos os estados da região Norte. Consiste na troca do uso do fogo no preparo da área para plantio, pela prática da trituração da capoeira, visando reduzir os efeitos negativos das queimadas e melhorar a qualidade do solo, mantendo ou mantendo a produtividade das culturas.

Em abril deste ano, a Embrapa Amapá trouxe o Tritucap (trator com implemento) até à comunidade de São Joaquim do Pacuí, onde técnicos, autoridades, pesquisadores, estudantes, agricultores e professoresparticiparam do Dia de Campo voltado à demonstração do uso do equipamento.

Agora é o momento de avaliar o desenvolvimento das culturas plantadas no solo de capoeira triturada. "Na unidade de observação instalada na Escola Família do Pacuí, poderemos observar a variedade de milho "Sol da Manhã" e várias cultivares de macaxeira que foram selecionadas e utilizadas em outras pesquisas da Embrapa Amapá", explicou Guedes. A escolha dasculturas foi decidida junto com os produtores e técnicos da Escola Família. Eles optaram pelos produtos que fazem parte da base alimentar dasfamílias da região e que têm bom preço no mercado.

Na primeira estação do Dia de Campo será feita a visualização dos níveis de desenvolvimento do milho e da macaxeira plantados em três tipos de tratamentos: com adubação química (convencional), com adubação alternativa (composto orgânico mais cinza de caldeira) e sem adubação. "Vamos observar o crescimento das culturas, a sanidade das plantas, a quantidade e o tamanho das espigas de milho. No primeiro ano, a adubação é fundamental, porque o solo da região é pouco fértil. E se não houver uma forma de trazer nutrientes para a área, não se consegue produzir nada. Como estamos preocupados em reduzir o uso intensivo de adubo químico, testamos adubações alternativas".

A quantificação da produtividade do milho está programada para a segunda estação, enquanto na terceira estação serão discutidos aspectos da novatecnologia para minimizar os efeitos negativos das queimadas, melhorar a conservação e a qualidade do solo, sobretudo em relação à diminuição daerosão e manutenção da umidade.

Dulcivânia Freitas (DRT/PB 1.063)Embrapa Amapádulcivania@cpafap.embrapa.br96-3241-1551 - Ramal 215 / 9902-9959Fax: 0xx96-3241-1480

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