No últimos 30 anos, cientistas, especialistas em políticas públicas e em desenvolvimento institucional, produtores e consumidores têm se dedicado a construir e a consolidar a moderna agricultura tropical, tendo como forte aliada  a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, criada em 1973 com a tarefa de alavancar o desenvolvimento do País. 

É sobre as contribuições tecnológicas que Empresa vem oferecendo ao Brasil que o diretor-presidente, Silvio Crestana, vai  falar nesta quinta-feira, às 16 horas, na quinta palestra do ciclo de colóquios organizado pela Embrapa Instrumentação Agropecuária, unidade da Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Para o presidente da Embrapa, o progresso da agricultura que se fez possível até em áreas em que o desenvolvimento era considerado improvável, como a viabilização da agropecuária do Cerrado, pode ser explicado por uma receita que aliou o uso de tecnologias, o correto manejo dos recursos naturais tropicais, a atuação de instituições de pesquisa e fomento e políticas governamentais que favoreceram o desenvolvimento rural, incluindo o melhor acesso aos mercados. "Pelo conhecimento da agricultura tropical, pudemos desenvolver tecnologias de plantio direto, fixação de nitrogênio, controle biológico, entre outras e, pudemos alcançar as atuais condições para produção de plantas e animais tropicais, soja, frutas tropicais e temperadas adaptadas, gado zebuíno, fibras e madeira (algodão e eucaliptos), cana de açúcar, etanol, etc".

O presidente lembra que foi implementada uma produção estável de alimentos, fibras e outras matérias-primas nas diferentes regiões brasileiras, a ponto de abastecer o mercado interno, apoiar o crescimento da agroindústria, colaborar na contenção da inflação e oferecer excedentes para a exportação. Isto contribuiu, segundo ele, não só para o pagamento de nossas dívidas externas, como ajudou a financiar o desenvolvimento nacional e a colocar o País em uma posição de liderança mundial em produção agrícola tropical. No entanto, novos desafios, ainda maiores e mais complexos se apresentam. 

Para a continuidade dessa agricultura de alimentos, fibras e energia o presidente ressalta que são necessários  a organização dos atores envolvidos, gestão, investimentos e arranjos institucionais públicos e privados que possibilitem atender às atuais e futuras  demandas  de nosso crescimento (econômico, social, ambiental, de redução das desigualdades regionais e da inserção do país na comunidade global). 

O ciclo de colóquio é promovido com a proposta de debater e realizar discussões no âmbito de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação  (PD&I) com pesquisadores de alto nível em temas importantes para o agronegócio brasileiro. As palestras são realizadas semanalmente, às quintas-feiras, até outubro, e contemplam áreas da ciência como a nanotecnologia, agroenergia,  pós-colheita, qualidade de alimentos, mudanças climáticas/aproveitamento de resíduos, agricultura de precisão, agricultura em pequena escala, cultivo protegido, micro e nanoeletrônica no agronegócio, heveicultura, agricultura tropical e inovação tecnológica.

As palestras são gratuitas, abertas a todos os interessados e são realizadas no anfiteatro Sergio Mascarenhas da Embrapa Instrumentação Agropecuária, localizada a Rua XV de Novembro, 1452- Centro, São Carlos, SP.

Endereço  para assistir a palestra em tempo real:www.cnpdia.embrapa.br/aovivo.html

Joana Silva - Jornalista  - Mtb 19554Embrapa Instrumentação AgropecuáriaTel: (16) 3374 2477 / 9994 6160E-mail: jo@cnpdia.embrapa.br