O perfil do profissional para atuar com agricultura familiar, políticas públicas e inclusão social foi hoje, 5 de setembro, tema de discussão no VII Congresso Brasileiro de Sistemas de Produção, que é realizado até o dia 6 de setembro, em Fortaleza.

O evento é uma promoção da Sociedade Brasileira de Sistemas de Produção e uma realização da Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE), Embrapa Caprinos (Sobral-CE) e Banco do Nordeste.

A necessidade de uma formação sistêmica e, portanto, bem diferente da tradicional, foi abordada na mesa redonda "Novas Formas de se ‘fazer' o desenvolvimento e a formação de um novo profissional", da qual participaram Aquiles Simões (Núcleo de Estudos sobre Agricultura Familiar da Universidade Federal do Pará), Cleimon Eduardo A. Dias (Universidade do Estado de Santa Catarina), Ribamar Furtado (Universidade Federal do Ceará) e Germano Parente Bluhm (SEBRAE – CE), com a coordenação de Antônio Amorim (secretário adjunto de Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará).

O professor Cleimon Dias, um dos palestrantes, explica que a maioria dos profissionais é formada com uma visão funcionalista, bem distante da percepção holística que necessitam para lidar com os sistemas. Para ele, a visão antiga está muito enraizada e a mudança implica em um grande esforço que deve começar pelos próprios profissionais. Além disso, conforme Cleimon Dias, há a necessidade de uma mudança de enfoque nas universidades e nos currículos dos cursos.

A assessora da Diretoria-executiva da Embrapa, Minelvina Nascimento Freitas, diz que a Embrapa está atenta para a necessidade desse novo profissional. A empresa demanda, em seus concursos, profissionais com o perfil bem diferente do que tradicionalmente necessitava, como antropólogos e sociólogos. Outra ação da Embrapa no sentido de se adequar a essa nova visão é a capacitação em serviço em áreas como agroecologia, por exemplo.      Jornalista: Verônica Freire - DRT-CE 01225-JP Contatos – (85) 88423449 / (88) 3677-7000 vfreire@cnpc.embrapa.br