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Embrapa Pecuária Sudeste mostra tecnologias na IV Feicpecus

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A Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mostrará algumas tecnologias na IV Feira Internacional de Pecuária, Avicultura, Pesquisa e Tecnologia de São Carlos (Feipecus), promovida pela Prefeitura Municipal de São Carlos, que acontece de terça-feira, 11 de setembro,  a sábado, 15 de setembro, no Pavilhão São Carlos Exposhow.

A Embrapa Pecuária Sudeste apresentará um novo "brinco" eletrônico (chip) para bovinos, que reduzirá custos e fraudes e que facilitará o trânsito dos animais, os cuidados sanitários, atestados sanitários, o histórico do animal, entre outros. Também serão exibidas duas maquetes com todos os dados sobre a produção intensiva de leite a pasto, além de um projeto de transferência de tecnologias para produtores familiares de leite (Projeto "Balde Cheio"), com características inovadoras. Todas as publicações desse centro da Embrapa também estarão disponíveis na IV Feipecus.

"Brinco" em bovinos reduz custos e fraudes. O "brinco" eletrônico para bovinos vai substituir todas as anotações hoje feitas em papel, como atestados de vacina, os dados zootécnicos (peso ao nascer, ao desmame etc) e o próprio ato da inspeção sanitária, pois os fiscais, nas estradas, poderão "ver" os atestados de vacina eletronicamente, por meio de um leitor eletrônico que pode "ler" os brincos. Também o peso do animal será registrado, o que evitará dúvidas entre comprador e vendedor, nas balanças dos frigoríficos.

"Quando implantado, o brinco eletrônico vai reduzir fraudes, vai substituir papel e vai facilitar o rastreamento e a certificação, com ganhos ambientais, sociais e de mercados externos", diz Waldomiro Barioni Junior, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste e coordenador do projeto.

O equipamento está sendo produzido e comercializado pela AnimallTag, empresa de São Carlos e uma das parceiras no projeto de pesquisa. Participam ainda da pesquisa a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP (campus Pirassununga) e a empresa 3WT, de São Carlos, que fará a parte do software. O projeto foi custeado pela Finep – Financiadora de Estudos e Projetos. É integrante da Rede Brasil de Tecnologia, do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

"Balde Cheio" tira produtor da miséria -  O projeto "Balde Cheio" demonstra a viabilidade - técnica e econômica - da pequena propriedade, ou propriedade familiar, para a produção de leite. A obtenção de lucro em propriedades familiares produtoras de leite antes deficitárias, o aumento da renda do pequeno produtor, a redução do êxodo rural e o aumento da produção de leite, por hectare/ano, de 12 a 15 vezes (ou seja, de 1.100% a 1.400%) são alguns desses resultados.

Tudo isso com metodologia inovadora, que supera muitos dos problemas normalmente enfrentados pela extensão rural que transfere tecnologias ao produtor.Atuando em propriedades de 2,5 ha a 20 ha, a tecnificação e o bom gerenciamento permitem que esses produtores familiares multipliquem sua renda, que, em alguns casos, era inferior a um salário mínimo antes deles aderirem ao projeto.

Cerca de 90% dos produtores assistidos pela Embrapa Pecuária Sudeste conseguiam produção diária de até 80 litros no início dos trabalhos. Após o processo de tecnificação, passaram a obter de 300 l a mais de mil litros / dia. Mas o indicador mais importante na atividade, que é a produção de leite por hectare/ano, foi elevada de 12 a 15 vezes.

O projeto apresenta várias inovações, com destaque para duas delas: 1) os trabalhos são dirigidos não somente aos produtores, mas principalmente aos técnicos da extensão rural; 2) outra inovação é a transformação das propriedades em "salas de aula", pois é lá que todos os encontros, palestras e dias-de-campo. Ao invés de dias de campo esporádicos, os encontros nessas "salas de aula" são permanentes e essa propriedade é assistida e visitada por outros produtores durante um período de quatro anos. Uma das características do projeto é não ser assistencialista ou paternalista, pois o produtor logo se torna autônomo, sem ficar anos a fio dependendo do Governo.

A Embrapa Pecuária Sudeste atua conjuntamente com a CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo), Senar / SP, Senar / Faerj RJ, Cooperativa Agro-Industrial (Londrina, PR) e prefeituras dos municípios envolvidos. Em 2007 o projeto Balde Cheio chegou ao Acre.

Jorge Reti - DRT 12693-SP e MS 14130/SJPSP/FENAJContatos: (0xx16) 3361-5611jreti@cppse.embrapa.br

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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