O sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, será um dos temas principais do seminário internacional "Integración tecnológica para el desarrollo de sistemas agrosilvopastoriles para las regiones de Sabanas y Amazônia", que tem início nesta terça-feira, 11 de setembro, na Venezuela. O evento tem organização do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA/Procitrópicos), em parceria com o Instituto Nacional de Investigações Agrícolas – INIA da Venezuela.

Durante o seminário, o supervisor da Gerência de Planejamento e Negócios, da Embrapa Transferência de Tecnologia (Brasília-DF), Luiz Carlos Balbino, vai apresentar proposta de organização de uma rede para integrar os países do Procitrópicos no desenvolvimento de pesquisas relativas ao Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Balbino já coordena uma rede em âmbito nacional. O pesquisador Paulo Campos Fernandes, da Embrapa Amazônia Oriental (Belém-PA), também participa do evento, que vai até o dia 13 próximo.

Representantes de instituições de pesquisa da Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Suriname participam do seminário. Assim como Brasil e Venezuela, os demais participantes vão apresentar levantamento da situação sócio-econômica e ambiental bem como de ofertas e demandas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação de sistemas agrosilvopastoris para Amazônia e Cerrado.

No Brasil, segundo o gerente-geral da Embrapa Transferência de Tecnologia, José Roberto Rodrigues Peres, o Brasil pode triplicar a produção de alimentos, fibras e energia e ainda aumentar a produção de carne e leite.  "Tudo isso a partir da adoção do Sistema na recuperação dos cerca de 50 milhões de hectares de áreas de pastagem em degradação existente no país", afirma Peres. Segundo ele, já foram recuperados aproximadamente três milhões de hectares com a integração dos sistemas.

Guiana – Membros do Comitê Científico Internacional da Guiana Francesa também têm realizado encontros técnicos com a Embrapa, com vistas à adoção do sistema ILPF e de variedades de soja desenvolvidos pela Empresa. O objetivo é minimizar os danos causados pela estiagem naquele país.

As negociações foram iniciadas em março e retomadas em final de agosto, quando Balbino e pesquisadores da Embrapa Soja (londrina-PR) e da Embrapa Amazônia Oriental voltaram ao Colégio Agrícola Matiti, na cidade de Macouria. A expectativa é a de que, até final do ano, seja assinado um acordo entre as instituições.

Jornalista: Valéria Costa – DRT 15533/59/32 - SPEmbrapa Transferência de TecnologiaContato: 61 3448.4510 – valeria.costa@embrapa.br