O engenheiro agrônomo e doutor em pós-colheita Celso Moretti, da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) é  o convidado do ciclo de colóquios desta quinta-feira, às 16 horas, para falar da importância da ciência e tecnologia no uso racional de insumos, maior rentabilidade, menores perdas e conseqüentemente, mais divisas para o país.

Esta é a sexta palestra do ciclo promovido pela Embrapa Instrumentação Agropecuária (São Carlos-SP), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com a proposta de debater e realizar discussões no âmbito de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) com pesquisadores de alto nível em temas importantes para o agronegócio brasileiro.

De acordo com Moretti, o aumento da competitividade nas diferentes cadeias agroindustriais, tanto no mercado doméstico quanto internacional, tem forçado produtores e empresários rurais a buscarem produtos com maior qualidade e de maior valor agregado, sem perderem de vista a segurança e a rastreabilidade.

Ele explica que o manuseio pós-colheita envolve uma série de etapas, que vão desde a escolha do ponto ótimo de maturidade hortícola para a colheita, passando pela adoção de embalagens e métodos de resfriamento rápido adequados, até a tecnologias que permitam significativa agregação de valor como é caso do processamento mínimo.

A pesquisa, desenvolvimento e inovação em tecnologia de pós-colheita passam atualmente por uma nova fase onde colher, embalar e estender a vida de prateleira do produto, minimizando perdas e impedindo a ação deletéria de microrganismos, não são mais as únicas preocupações dos técnicos envolvidos com essa fascinante área do conhecimento. "O foco atualmente é centrado na busca pela manutenção dos valores funcionais das frutas e hortaliças após a colheita e na utilização de técnicas de manuseio que assegurem a inocuidade e a rastreabilidade, sem prejuízo de todos os atributos de qualidade anteriormente garantidos".

Desta forma, Moretti lembra que estudos focados em tecnologias que possibilitem a manutenção dos teores de compostos funcionais como o licopeno em tomates e melancias, a quercetina em cebolas e a alicina no alho, dentre outros, têm norteado os esforços de investigação em vários institutos de pesquisa em todo o mundo. Além de nutritivos e com qualidade sensorial ótima essas frutas e hortaliças devem ser seguras e rastreáveis. "Com a crescente preocupação da população mundial com a inocuidade dos alimentos consumidos, frutas e hortaliças devem estar livres de qualquer contaminação química, física ou microbiológica".

Além disso, comenta o pesquisador, é condição imperativa que esses produtos sejam rastreáveis, isto é, que se possa saber de onde vieram e de que forma foram produzidos. Portanto, a adoção de novas tecnologias de rastreabilidade, como a identificação por rádio freqüência, tem possibilitado uma maior segurança para consumidores e rapidez e confiabilidade para produtores, atacadistas e varejistas em várias partes do mundo.

 As palestras do ciclo de colóquios são realizadas semanalmente, às quintas-feiras, até outubro, e contemplam áreas da ciência como a nanotecnologia, agroenergia,  pós-colheita, qualidade de alimentos, mudanças climáticas/aproveitamento de resíduos, agricultura de precisão, agricultura em pequena escala, cultivo protegido, micro e nanoeletrônica no agronegócio, heveicultura, agricultura tropical e inovação tecnológica.

As palestras são gratuitas, abertas a todos os interessados e são realizadas no anfiteatro Sergio Mascarenhas, da Embrapa Instrumentação Agropecuária, localizada a Rua XV de Novembro, 1452- Centro, São Carlos, SP.

Endereço  para assistir a palestra em tempo real:www.cnpdia.embrapa.br/aovivo.html

Perguntas podem ser feitas pelo e-mail:coloquiocnpdia@hotamail.com

Jornalista: Joana Silva - DRT 19554Embrapa Instrumentação AgropecuáriaContatos: (16) 3374 2477 / 9994 6160 jo@cnpdia.embrapa.br