02/10/07 |

Embrapa leva tecnologias para a Feira Nacional de Agricultura Familiar e Reforma Agrária

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A produção farta, ecologicamente sustentável e com valor agregado da agricultura familiar brasileira, que responde por 60% de todos os alimentos que chegam à mesa do consumidor no País, converge de 4 a 10 de outubro para um único ponto: o Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade (ExpoBrasília), na capital federal.

Esse é o cenário da IV Feira Nacional  de Agricultura Familiar e Reforma Agrária. No evento, 480 expositores apoiados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) apresentarão como homens e mulheres estão transformando a realidade no campo, em cada bioma. A entrada é gratuita.

Cinco Unidades Descentralizadas de Brasília vão participar da Feira: a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, a Embrapa Hortaliças, a Embrapa Cerrados, a Embrapa Transferência de Tecnologia e a Embrapa Informação Tecnológica, além da Assessoria de Comunicação Social e a Embrapa Agroindústria de Alimentos (Mangaratiba-RJ).

Entre as tecnologias/produtos da Empresa que poderão ser conferidas na feira estão a produção de cogumelos, bioinseticida, biorreator, máquina para debulhar feijão, vagem e ervilha, farinha de batata-doce alaranjada, agroecologia e agrobiodiversidade como instrumentos para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar, novas cultivares de mandioca, fixação biológica de nitrogênio, amaranto, quinoa, kits de mistura para suplementação de gado na seca, aproveitamento alimentar de frutas nativas do Cerrado, integração lavoura-pecuária, espécies forrageiras, milho caatingueiro, mamona BRS 188 Paraguaçu, secador de frutas, além de outras tecnologias adaptadas ao pequeno produtor.

Este ano, o tema da Feira é Sustentabilidade & Diversidade. Agricultores familiares, assentados da reforma agrária, extrativistas, aqüicultores, integrantes de povos remanescentes de quilombos e indígenas de todas as regiões do Brasil e inseridos nesse conceito apresentarão seus empreendimentos agroindustriais, seu artesanato e sua cultura. De mel a castanhas, de vinhos a salames, de tucupi a criações em capim-dourado. A exuberância da produção familiar nacional estará exposta em 51 mil m².

A quarta edição da Feira ainda terá Rodada de Negócios; protótipos demonstrativos de biodiesel e de elaboração da erva-mate, do chocolate e da castanha-de-baru (fruto típico do Cerrado); shows e atrações culturais; e praça de alimentação com comidas típicas. Simultaneamente, será realizado o primeiro encontro de slow food no Brasil –  o movimento internacional segue o conceito da ecogastronomia –, o Terra Madre.

Foco ecológico

Reduzir, reaproveitar e reciclar os materiais são palavras de ordem na Feira. Ao percorrer os estandes, que este ano estarão distribuídos por biomas brasileiros – Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa –, os visitantes encontrarão formas de utilização sustentável de materiais, desde a decoração do espaço físico aos copos descartáveis. Essa é a grande diferença do evento neste ano.

A principal iniciativa será a recuperação do gás carbônico liberado no meio ambiente – processo mais conhecido como seqüestro de carbono –, antes e durante a Feira.

Para isso, especialistas contratados pelo MDA farão o cálculo de quanto desse gás foi emitido na atmosfera para produzir o material que será vendido durante a exposição, para elaborar embalagens, sacolas e demais itens necessários à comercialização, para transportar expositores e produtos até o Pavilhão ExpoBrasília, para montar estandes, e promover atividades culturais e shows.

Após esse cálculo, o MDA distribuirá mudas de árvores para plantio no Cerrado pelos assentados da reforma agrária. Eles receberão treinamento para realizar o plantio e o futuro manejo sustentável dessas plantas. Serão essas árvores as responsáveis por fazer o seqüestro de carbono da natureza.

De acordo com o engenheiro agrônomo Odécio Rossafa, consultor de Meio Ambiente do MDA, a partir dessa proposta o Ministério deverá lançar o Selo Carbono Agroecológico. "Em 10 anos, os assentados poderão manejar a floresta plantada para o seqüestro de carbono e extrair renda extra de seu uso", projeta.

Além disso, todos os veículos usados para fazer o transporte terrestre dos expositores e mercadorias da Feira utilizarão biodiesel nos tanques de combustível. "A maioria dos agricultores familiares e assentados selecionados para participar do evento deste ano já trabalham com o conceito de agroecologia em suas terras", ressalta.

Proposta sustentável

Nessa linha temática, os arranjos decorativos da Feira foram confeccionados com tecido reciclado, com 50% de sua composição a partir de garrafas PET. Todo o material descartável que será utilizado durante o evento, como os copos, as sacolas para embalar mercadorias, os folhetos de divulgação e os crachás dos expositores e trabalhadores de apoio serão feitos de papel passível de reciclagem ou reciclado. As garrafas de água distribuídas aos expositores serão de material de uso permanente.

Durante a Feira, ainda haverá coleta seletiva. O espaço de realização do evento terá lixeiras específicas para lixo seco e orgânico. O material seco, depois de passar por triagem, separação  e enfardamento, será encaminhado para a reciclagem. Para reforçar essa idéia, o MDA produzirá uma cartilha de educação ambiental em papel reciclado que abordará vários pontos sobre preservação do meio ambiente e realizará oficinas interativas de reciclagem.

Texto: Assessoria de Imprensa do MDA e Flávia Bessa 4469/DF Tel: (61) 3448-4568 / flavia.bessa@embrapa.br

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/