A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), foi citada como exemplo de "um bem sucedido modelo de rede de  pesquisa" , durante reunião  do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT). Coordenada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a reunião aconteceu na manhã desta quarta-feira, dia 03, no Palácio do Planalto, e contou com a participação do diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana.

Atualmente, a rede da Embrapa envolve dez centros nacionais de Temas Básicos; 15 centros nacionais de Produtos; 13 centros ecorregionais de Pesquisa Agroflorestal ou Agropecuária e três centros de Serviços Especiais, sendo eles unidades descentralizadas da empresa, e mais 17 Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária que compõem o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA), além de universidades e institutos privados de pesquisa.

Ao ser apresentado o modelo de rede de pesquisa da Embrapa, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim comentou sobre matéria publicada ontem no jornal americano The New York Times, que  atribui às pesquisas da Embrapa a responsabilidade pelo fato de o Brasil haver se tornado uma superpotência agrícola.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, apresentou, durante a reunião, o  Plano de Ações para Ciência e Tecnologia para o quadriênio 2007-2010. O objetivo do Plano de Ações é promover um incremento substancial do desenvolvimento da C&T no País até 2010, em áreas essenciais. Ele engloba quatro linhas principais de ação:

1) Expansão e consolidação do sistema nacional, que inclui a consolidação institucional do sistema; a formação de recursos humanos; e a infra-estrutura e fomento de pesquisa científica e tecnológica.

2) Promoção e inovação tecnológica nas empresas, que inclui o apoio à inovação nas empresas; extensionismo e serviços tecnológicos; tecnologias de informação e comunicação (TICs); biotecnologia, fármacos e medicamentos; nanotecnologia; biocombustíveis e energias do futuro. 

3) Pesquisa e desenvolvimento em áreas estratégicas, entre elas: programa espacial; programa nuclear; segurança pública e defesa nacional; biodiversidade e recursos naturais; mar e Antártida; desenvolvimento sustentável da Amazônia; desenvolvimento sustentável do Semi-Árido; meteorologia e mudanças climáticas.

4) C&T para o desenvolvimento social, que inclui a popularização da C&T e melhoria do ensino de ciências; e tecnologias para o desenvolvimento social.

A Embrapa está diretamente contemplada em duas ações dentro do Plano. Uma delas é a consolidação da Embrapa Agroenergia, unidade de pesquisa com a missão  de viabilizar soluções tecnológicas inovadoras para o desenvolvimento sustentável e eqüitativo do negócio da agroenergia do Brasil. O segundo item corresponde ao Agronegócio, que tem por objetivos:

-    PD&I em segurança de alimentos; novas frentes abertas pela tecnologia de alimentos; alimentos de qualidade; nutracêuticos e alimentos funcionais;

-    Automação agropecuária, com foco em empreendimentos de pequeno porte;

-    PD&I em sistema inovadores de produção agropecuária;

-    Articulação internacional para o avanço da CT&I voltado para o agronegócio;

-    Recuperação das Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuárias (OEPAS) para o fortalecimento do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária.

Rose Azevedo (2978/13/74/DF)Assessoria de Comunicação SocialContatos: (61) 3448.4012 - rose.azevedo@embrapa.br