A vinda deles para o Brasil faz parte de um intercâmbio de experiências entre as duas instituições que tem por objetivo o estabelecimento de parcerias.

No mês de setembro, o pesquisador Jorge Tonietto, da área de zoneamento e indicações geográficas da Embrapa Uva e Vinho, visitou a Coréia a convite da RDA. Ele conheceu o programa de vitivinicultura desenvolvido naquele país e identificou as principais linhas de interesse que poderão resultar em intercâmbios.

Pauta de discussão

Segundo ele, algumas áreas que estão na pauta de discussão incluem o zoneamento vitivinícola, cultivo protegido, desenvolvimento de materiais genéticos de videiras para clima úmidos e produção sustentável para uvas de mesa de alta qualidade com valor agregado.

Com a mesma intenção, Seo-Junk Park, da área da viticultura, e Cho Myeog Cheoul, melhorista em pimenta, puderam conferir características da agricultura brasileira e pesquisas desenvolvidas, na Embrapa Hortaliças, em Brasília, e na Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves.

Seo-Junk Park demonstrou interesse nos processos de elaboração de vinhos, que estão em fase de desenvolvimento na Coréia, onde o foco atual está na produção de uvas de mesa. Outra área de interesse na área de viticultura é a de zoneamento vitícola em virtude dos poucos estudos existentes em seu país.

Cultivo

No que se refere ao cultivo da uva, chamou a atenção o fato dos cachos de uva não serem ensacados, prática tradicional em seu país para a padronização exigida. "Uniformidade na forma, na cor e no tamanho dos cachos são, na Coréia, requisitos importantes para este produto de alto valor agregado", explica o pesquisador Tonietto, que os recepcionou na Embrapa Uva e Vinho para a discussão de vários temas junto à equipe de pesquisa.

Cho Myeog Cheoul fez referências, em especial, à visita feita à Embrapa Hortaliças, onde ele conheceu pimentas diferentes das que estuda na Coréia. Ele considerou as pimentas brasileiras mais picantes, tendo chamado  atenção a maior variedade existente da especiaria no país. O próximo passo, após o conhecimento dessas áreas pelos coreanos, será a articulação de um intercâmbio técnico-científico entre a Embrapa e a RDA. Vale destacar que o presidente da Embrapa está em visita ao Japão e à Coréia do Sul visando estreitar a cooperação científica com o continente asiático.