Os temas mais importantes da pesquisa relacionados aos combustíveis advindos de biomassa vegetal estão na pauta da Feira Internacional de Agroenergia, Biocombustíveis e Energias Renováveis (Enerbio), que acontece de hoje (09) a quinta-feira (11), em Brasília.

O evento conta com a participação de diversos pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Frederico Durães(foto), abriu a programação com a palestra "Arranjos Tecnológicos e Produtivos em Agroenergia".

Segundo Durães, o país tem se empenhado em aliar as políticas públicas e os interesses de empresas privadas e isso também pode fazer a diferença. "Nós estamos construindo uma matriz nova. Isso significa que não se trata apenas de produzir tecnologia, precisa haver também uma mudança de atitude do cidadão. A intenção não é substituir o combustível fóssil, mas complexar os sistemas produtivos naquelas regiões que têm oportunidade para isso", disse.

O chefe-geral da Embrapa Agroenergia falou ainda sobre as oportunidades e os desafios para o setor. Para ele, o Brasil tem vantagens por ser um país tropical com grande vocação para a agricultura. Entre os gargalos em que o país está focado em resolver para a otimização da produção de agroenergia, estariam o da segurança alimentar, do consumo de água pela agricultura, do balanço energético e do respeito ao meio ambiente.

Para ele, cinco pontos são os mais importantes a serem observados na elaboração de uma agenda para o país nessa área. "Um programa desse tipo tem que se prestar a produzir energia. Em segundo lugar, tem que ter um conceito tecnológico forte. É com inovação que nós agregamos recursos naturais para competitividade. Em terceiro, deve ser econômico, tem que se pagar. Em quarto, deve possuir uma característica ambiental muito clara, senão nós não o vendemos como commodities nem para nós e nem para o resto do mundo. Em quinto, ele precisa ser inclusivo. E não só do ponto de vista social, mas também no sentido de mitigar as diferenças regionais", disse.

Participação da Embrapa

Além da palestra de Durães, a Enerbio contou nesta manhã com a participação de outros pesquisadores da Embrapa. O pesquisador Luiz Joaquim Castelo Branco Carvalho, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília – DF) participou da mesa sobre "Cenários e Perspectivas de Matérias Primas para Etanol". Já o painel sobre "Perspectivas de Matérias Primas Usuais para Biodiesel" contou com as participações dos pesquisadores João Flávio Veloso da Silva e Vânia Beatriz Castiglioni, da Embrapa Soja (Londrina – PR).

À tarde, mais pesquisadores da Embrapa participam da Enerbio. Nilton Vilela Junqueira, da Embrapa Cerrados (Planaltina – DF) integra os debates sobre "Perspectivas de Matérias Primas Potenciais para Biodiesel". Logo depois, os pesquisadores Martha Mayumi Higarashi, da Embrapa Suínos e Aves (Concórdia – SC), e Carlos Wanderlei Piler de Carvalho, da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro – RJ), participam do painel sobre "Resíduos e Co-Produtos".

Enerbio

A Feira Internacional de Agroenergia, Biocombustíveis e Energias Renováveis é integrada por um conjunto de eventos que reúne as cadeias produtivas dos biocombustíveis e das energias.

Acontecem paralelamente a Conferência Internacional dos Biocombustíveis, a Conferência Internacional de Energia, a Conferência Internacional do Transporte e o Seminário de Fomento à Micro Produtores de Etanol e Biodiesel. A idéia é reunir parceiros que possam oferecer capital, infra-estrutura, tecnologia e idéias para estes setores. Estão confirmadas as presenças do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do Vice-Presidente José Alencar, além de onze Ministros de Estado.

Vitor Moreno (DRT 38057/SP)Assessoria de Comunicação Social – EmbrapaTelefone: (61) 3448-4039E-mail: vitor.moreno@embrapa.br