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Cooperação entre Brasil e Estados Unidos incrementa o intercâmbio e a conservação de espécies vegetais

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Em novembro de 2006, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa comemorou o importante resultado de 100 mil amostras de sementes em seu banco genético, passando a ser o 7º maior de todo o mundo, empatado com o Canadá.

Com a ida do pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Luciano Nass, para o Laboratório da Embrapa nos Estados Unidos (Labex-EUA) há cerca de um ano e meio, a diversidade de nosso banco genético ficou ainda maior.

Estão sendo enviadas para o Brasil cerca de 40 mil amostras de sementes de arroz e soja, entre outras espécies e, num futuro bem próximo, esse número deve aumentar ainda mais, equiparando o banco brasileiro com o alemão, que hoje é o terceiro maior do mundo, com cerca de 170 mil amostras. Em primeiro, estão os Estados Unidos, com 486 mil amostras, seguidos pela China, com 360 mil.

No dia 02 de outubro, Nass e o pesquisador do National Center for Genetic Resources Preservation (NCGRP), David Ellis, estiveram no Brasil para oficializar um acordo de cooperação entre a Empresa e o centro de pesquisa americano, que prevê o aumento de ações de intercâmbio de espécies vegetais entre os dois países nos próximos cinco anos, além do estabelecimento de projetos em parceria relacionados à conservação de recursos genéticos.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, essa cooperação tem como objetivos: fortalecer a conservação de recursos genéticos; intensificar o intercâmbio; avaliar o manejo de recursos genéticos e os sistemas de curadorias no Brasil e nos Estados Unidos, além de integrar as bases de dados de recursos genéticos dos dois países. A parceria prevê ainda o treinamento de pesquisadores e técnicos brasileiros e americanos.

Ele ressaltou também que as ações desenvolvidas pelo Labex EUA nessa área poderão fortalecer as atividades que envolvem recursos genéticos no Brasil.Durante a estada no Brasil, eles estiveram na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia para falar sobre os benefícios que a parceria entre o Laboratório da Embrapa nos Estados Unidos (Labex-EUA) e o NCGRP, que faz parte do Departamento de Agricultura daquele país (USDA), tem trazido para a pesquisa agrícola nos dois países, especialmente quanto ao intercâmbio e conservação de espécies vegetais.

"O conhecimento e a conservação de recursos genéticos de plantas formam a base para garantir a segurança alimentar das futuras gerações", afirmou Ellis. O National Center for Genetic Resources Preservation (NCGRP) conserva recursos genéticos vegetais e animais importantes para a agricultura e pecuária americanas.

"A minha responsabilidade é com, no mínimo, os próximos 100 anos", ressaltou o pesquisador americano, lembrando que o NCGRP é responsável pela conservação de mais de 700 mil amostras de sementes de culturas agrícolas de importância econômica e social, sendo 486 mil na coleção de base e as outras cerca de 200 mil como duplicatas de importantes coleções de vários centros internacionais, representando mais de mil gêneros.

Segundo Ellis, o mercado não incentiva a conservação de recursos genéticos, por isso, é preciso que haja empenho dos governos e, acima de tudo, a conscientização da população acerca da importância dessa atividade para a pesquisa agropecuária.

Labex: oportunidade de transferir conhecimento

O pesquisador americano classificou como "fantástica" a iniciativa da Embrapa de criar o Labex, pois representa uma ótima oportunidade para a troca de experiência e conhecimento entre os países, além de possibilidades de articulação internacional para o desenvolvimento de ações de pesquisa em prol de diversas áreas do conhecimento.

Jornalista:Fernanda Diniz (MTB 4685/89/DF)Contatos: (61) 3448-4769 e 3340-3672

 fernanda@cenargen.embrapa.br

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