25/10/07 |

Apimentando o agronegócio brasileiro

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Elas sempre foram conhecidas pelo ardor e gosto forte característico, indispensáveis como temperos em alguns pratos muito apreciados pelos brasileiros, como feijoada, moqueca, entre outros. Mas, apesar do sabor, as pimentas representavam uma "ameaça" para aqueles que sofrem de doenças do estômago, como úlcera ou gastrite.

Para conquistar mais espaço no contexto gastronômico, elas foram adquirindo variações de sabor e aparência para poderem se adaptar aos mais diferentes gostos. Hoje, o mercado de pimenta mundial está cada vez mais diversificado e a Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária acompanha essa tendência, investindo em pesquisas para garantir as boas práticas na produção de conservas, molho e geléia.

Quem quiser saber mais sobre o trabalho da Embrapa com pimentas pode visitar o estande da Empresa durante a 86ª Feira Botânica do Shopping CasaPark, em Brasília, DF, nos dias 27 e 28 de outubro, onde serão mostradas diferentes variedades dessa espécie. Os apreciadores dessa iguaria vão conhecer também trabalhos artesanais com pimentas ornamentais feitos por pequenos produtores da cidade de Planaltina, DF, que estarão à venda no estande.

Conservar para melhorar

Um dos focos da pesquisa da Embrapa com pimentas, como explica o pesquisador da Embrapa Hortaliças, Geovani Bernardo Amaro, é conservar a maior quantidade possível de variabilidade genética dessa espécie para garantir material para o melhoramento genético. A coleção de pimentas da Embrapa Hortaliças no Distrito Federal é hoje uma das maiores e diversificadas do mundo. "Essa coleção representa uma fonte de conhecimentos para a ciência, já que guarda genes e características que podem ser usados em cruzamentos para desenvolver novas variedades mais produtivas ou adaptadas às condições de mercado", ressalta Amaro.

Além da coleção da Embrapa Hortaliças, à qual os cientistas chamam de ativa, já que as sementes e mudas são constantemente multiplicadas e manipuladas, os cientistas conservam também 440 acessos de pimentas de diversas espécies em outra unidade de pesquisa da Empresa: a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, também localizada em Brasília. Lá, as sementes são conservadas a longo prazo a 20ºC abaixo de zero. "É como um backup", explica o pesquisador.

Parcerias para desenvolvimento de novas variedades de pimentas

No Brasil, o agronegócio de pimentas movimenta, desde o processamento até à comercialização, cerca de R$ 80 milhões por ano. Segundo Amaro, a Embrapa tem investido muito na parceria com empresas privadas e associações de produtores para desenvolvimento de variedades resistentes a viroses e com características melhoradas para atender às exigências do mercado mundial. As variedades de pimenta mais cultivadas no Brasil são: a '‘malagueta'', "dedo de moça", "cumari" e "de cheiro", entre outras. "Estamos apostando também em pesquisas com uma nova variedade que vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil, como a biquinho, que é uma pimenta doce e já muito utilizada no triângulo mineiro, DF e São Paulo, entre outros estados", afirma.

A 86ª Feira Botânica do Shopping CasaPark acontece nos dias 27 (sábado), das 10h às 22h, e 28 (domingo), das 12h às 20h. Confiram!

Jornalista: Fernanda Diniz(4685/89/DF)Embrapa Recursos Genéticos e BiotecnologiaContatos: (61) 3448-4769 e 3340-3672

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/