19/11/07 |

MDA quer integrar estados e ongs no combate à pobreza rural do Nordeste

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A ampliação do acesso dos pequenos agricultores às políticas públicas de desenvolvimento econômico e social é um dos temas da oficina "Pobreza Rural: Desafios e Perspectivas para a Agricultura Familiar no Semi-Árido Brasileiro", que o Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA – realizana cidade de Petrolina – PE – de  segunda(19) a sexta(23) .

O evento reúne dirigentes e técnicos de instituições públicas e de organizações não governamentais dos nove estados do Nordeste, além de Minas Gerais.

O objetivo é estabelecer estratégias comuns e integradas do conjunto de órgãos de pesquisa, assistência técnica e extensão rural, de agentesfinanceiros e das organizações dos produtores e tornar mais efetivo os benefícios das políticas de governo nas áreas secas da região. A oficina  irá favorecer a ação conjunta  com o fim de melhorar a qualidade de vida e a redução da pobreza nesse contingente deagricultores.

Nas políticas públicas estão disponíveis vários instrumentos de financiamento da produção e de capacitação que os agricultores do semi-árido ainda não acessam. Ou, então, a propriedade está de tal forma desestruturada que se credenciam apenas aos recursos básicos disponíveis nos programas de governo. Nas linhas de crédito do Programa Nacional de Agricultura Familiar – PRONAF, em 2006, mais de 60% dos contratos do Nordeste foram na linha de crédito destinada ao combate à pobreza rural:agricultores com renda familiar anual de até 3 mil reais.

Cerca de 87,9% dos empréstimos concedidos pelo PRONAF em todo o Brasil nesta linha de crédito foram para produtores do Nordeste. Para José Ruy, do MDA, com a oficina, o ministério   inova a ação governamental para promoção do desenvolvimento sustentável que concentra mais de dois milhões de agricultores familiares. A falta de uma atuação integrada entre instituições públicas e ongs limita o alcance dos benefícios que as políticas públicas favorecem às atividades agrícolas.

Iniciativa importante

O pesquisador Gherman Garcia Leal de Araújo, Chefe Adjunto de Comunicação e Negócios da Embrapa Semi-Árido, considera a iniciativa  de grandeimportância. Uma área como a do semi-árido, com mais de um milhão de quilômetros quadrados de nove estados na região Nordeste e uma parte de Minas Gerais, e mais de mil prefeituras, precisa dispor de um planejamento comum para potencializar a atuação das instituições públicas e das organizações dos agricultores na convivência com o semi-árido.

O Diretor Executivo da Embrapa, José Geraldo Eugênio de França, e o Secretário de Agricultura Familiar – SAF - do MDA, Adoniran Peraci, participam da oficina. Adoniran, na abertura do evento fará palestra sobre"Reflexões sobre as diretrizes da SAF, com destaque para o Enfrentamento da Pobreza Rural".

Além dele, Antônio Ibarra, do DIEESE, fala "PobrezaRural e Políticas Públicas" e os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Aldenor Gomes da Silva e Roberto Marinho falam sobre"Estado e Desenvolvimento : Novos Atores, Novos Papéis" e "Convivência com o Semi-Árido como estratégia de desenvolvimento", respectivamente.

Durante o evento, os dirigentes e técnicos das empresas estaduais de assistência técnica e extensão rural, das organizações de agricultores familiares, de entidades do Governo Federal, de agentes financeiros e de organizações não-governamentais vão visitar experiências de convivência com o semi-árido em municípios da Bahia e de Pernambuco.

Contatos

Gherman Garcia Leal de Araújo – Chefe Adjunto de Comunicação e Negócios;Endereço eletrônico: chcn@cpatsa.embrapa.br

Marcelino Ribeiro – jornalista;Endereço eletrônico: marcelrn@cpatsa.embrapa.br

Embrapa Semi-Árido: 87 3862 1711

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/