19/11/07 |

Metodologia adequada pode evitar descarte de semente de soja

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A falta de chuvas e as baixas umidades relativas do ar que predominaram no inverno e na primavera alteraram a qualidade e a germinação de muitas sementes de soja, o que exige o descarte de lotes inteiros.

O pesquisador José de Barros França Neto, da Embrapa Soja, diz que, em muitos relatos, as sementes estão apresentando conteúdo de água inferior a 9%, quando o ideal é acima de 12%. "Isto resulta em baixa porcentagem de germinação em testes de laboratório. Além disso, existem relatos de altos índices de plântulas (plantas recém-germinadas) anormais", explica.

O problema é sério, mas está sendo agravado pela utilização de metodologia inadequada para avaliar o grau de dano à germinação, o que pode provocar o descarte de lotes sem necessidade. O alerta é da equipe de sementes da Embrapa Soja (Londrina-PR), unidade de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Segundo os pesquisadores, nos testes tradicionais de avaliação da qualidade, "a semente passa por embebição rápida, e devido ao baixo grau de umidade da semente, na safra atual, e à sua alta avidez por água, pode ocorrer um desvio no resultado", explica. Por isso, os pesquisadores da Embrapa recomendam que lotes com elevado índice de plântulas anormais e baixa germinação, em laboratório, sejam analisados por uma metodologia alternativa para avaliar o potencial real de germinação de sementes.

Essa metodologia está embasada em trabalhos de pesquisa realizados pela Equipe de Sementes da Embrapa Soja e encontra-se publicada na publicação "Tecnologia de Produção de Soja". Mais informações no Sistema de Alerta da Embrapa www.cnpso.embrapa.br/alerta.

 

Jornalista: Lebna Landgraf (MTb 2903)Embrapa SojaContatos: (43) 3371-6061

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/