In Sik Kim, presidente da Rural Development Administration (RDA), instituição de pesquisa agropecuária da Coréia do Sul fundada em 1906e com o formato atual desde 1962, está fazendo uma viagem de prospecção pelo país nesta semana para conhecer melhor as pesquisas desenvolvidas pelas Unidades da Empresa Brasileira de PesquisaAgropecuária – Embrapa.

 A visita é uma retribuição à ida, em outubro, do presidente da Embrapa, Silvio Crestana, à Coréia. "O Brasil é rico em recursos naturais, mas também em recursos humanos, assim como a Coréia. Estou conhecendo a contribuição significativa da Embrapa para a agricultura brasileira e creio que é possível juntar esforços para elevar os níveis de desenvolvimento de ambos", comentou Kim ontem (21) à tarde após a visita aos campos experimentais de café da Embrapa Cerrados, em Planaltina (DF).

A comitiva coreana conta ainda com Hyun-Soon Kim, diretora de cooperação internacional da RDA; Tae-Hun Kim, diretor de cooperação técnica; e o pesquisador Daeil Kim. Os cientistas coreanos acompanharam a palestra "A força do Cerrado brasileiro: fonte debiodiversidade e maior fronteira agrícola do mundo", proferida pelo pesquisador Roberto Teixeira Alves, chefe-geral da Embrapa Cerrados.

A missão do país asiático que investe 3% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, valor considerado um dos mais elevados do mundo, conheceu também as pesquisas realizadas no laboratório demicrobiologia do solo da Embrapa Cerrados. O RDA também tem uma linha de pesquisa voltada para a seleção de bactérias fixadoras de nitrogênio para substituir a fertilização química das culturasagrícolas.

Após a apresentação do pesquisador Fábio Bueno sobre as vantagens econômicas e ambientais da fixação biológica de nitrogênio, a comitiva seguiu para o campo acompanhada dos pesquisadores Omar Rochae Antônio Guerra, da equipe de pesquisa do café.

Os coreanos tiraram dúvidas sobre técnicas de irrigação e mostraram interesse em saber aviabilidade econômica do uso de pivôs centrais para irrigação. A vinda da missão coreana ao Brasil ocorre poucas semanas após a Embrapa anunciar o interesse em abrir um escritório na Ásia e o governo divulgar as metas de aumentar o investimento público no setorde Ciência e Tecnologia.

O "PAC da Ciência e Tecnologia" prevê investimento no setor de R$ 41,2 bilhões entre 2007 e 2010. Osincentivos à educação, ciência e tecnologia foram responsáveis em elevar o desenvolvimento humano coreano nas últimas três décadas. O país asiático está em 4º lugar no ranking das nações que mais solicitam patentes.

Arroz e cevada estão entre os principais produtos agrícolas da Coréia do Sul, um dos principais mercados para o couro acabado e semi-acabado brasileiro, e também importante compradora da sojaproduzida no país.

Os pesquisadores da RDA visitam quarta-feira (28) a Embrapa Hortaliças (Gama - DF) e a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília – DF). In Sik Kim e sua comitiva serão recebidos amanhã por Silvio Crestana, presidente da Embrapa, na sede da empresa, em Brasília – DF.

Gustavo Porpino(648/RN)Embrapa Cerrados Contatos: (61) 3388 9945