Na quarta-feira( 20) e na quinta-feira (21) , 17 técnicos extensionistas e produtores rurais serão capacitados na Embrapa Florestas (Colombo/PR) para uso de uma serraria móvel. De fabricação inédita no país, o equipamento foi adaptado de serrarias importadas e vai beneficiar principalmente pequenos produtores.

O equipamento foi desenvolvido em parceria entre a Embrapa Florestas, Embrapa Instrumentação Agropecuária (São Carlos/SP), Embrapa Acre (Rio Branco/AC) e a empresa Gil Equipamentos Ltda (Ribeirão Preto/SP), com apoio da Finep/MCT e Funpar. Após a fase de desenvolvimento, é necessário agora validar o uso desta tecnologia e, para isso, foram escolhidas cinco microrregiões nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul.

Os participantes da capacitação vão receber orientações sobre como utilizar a serraria e avaliar seu potencial de uso (praticidade, rentabilidade e manuseio) para que a tecnologia possa, então, estar adaptada e disponível no mercado nacional.

Tecnologia no dia-a-dia

Segundo Rogério Dereti, da Embrapa Florestas, "os produtores vão testar a serraria em diferentes lotes de madeira e condições de campo para avaliar o desempenho do equipamento". Este processo de validação vai acontecer durante cerca de seis meses e os produtores vão utilizar a tecnologia em seu dia-a-dia, com o acompanhamento de extensionistas e pesquisadores,.

O uso de serrarias móveis é uma opção de agregação de valor à produção florestal em pequenas propriedades, uma vez que o preço da tora já serrada pode chegar a três vezes o valor da madeira vendida "em pé". Além disso, o uso desta tecnologia também traz benefícios ambientais, pois há uma diminuição no tráfego de caminhões e máquinas pesadas na propriedade.

Segundo o pesquisador Washington Magalhães, pesquisador da Embrapa Florestas e coordenador do projeto da serraria, "apesar da atividade florestal em pequena escala e serrarias portáteis serem bastantes populares na Europa e Estados Unidos, o mesmo não ocorre no Brasil devido a uma forte crença que a atividade florestal está reservada às grandes empresas e que serrarias portáteis não são eficientes ou lucrativas".

A tecnologia, após validada e disponível no mercado, poderá fazer parte de programas ligando o uso de serrarias portáteis em áreas de agricultura familiar, plantio de florestas de rápido crescimento, captura de carbono e produção de produtos de madeira, que constituem alternativas para a promoção de desenvolvimento rural.

Katia Pichelli – Jornalista – MTb 3594/PRMaria Paraguaçu Cardoso – Relações Públicas – Reg. 3472/ConrerpEmbrapa Florestas(41) 3675-5639/5742