Preocupação com o meio ambiente, aumento da procura por biocombustíveis e uso de tecnologias ligadas à biotecnologia, nanotecnologia e agricultura de precisão são apenas algumas das tendências para as quais caminha o agronegócio nos próximos anos.

Preparando-se para enfrentar os novos desafios, e continuar mantendo uma posição de liderança, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, realiza desegunda-feira( 26) a quarta-feira( 28) , no Hotel Carlton, em Brasilia(DF) seu I Workshop de Formulação Estratégica de Longo Prazo, cujos resultados servirão de base para a elaboração do novo Plano Diretor da empresa.

A idéia é que o V Plano Diretor da Embrapa tenha uma inovação metodológica: uma visão estratégica de longo prazo sobre as atividades da empresa complementada com uma série de metas mobilizadoras. Cerca de 50 representantes de unidades de todas as regiões do país formularão as estratégias que nortearão as atividades de pesquisa da empresa até 2023, ano em que a Embrapa completa 50 anos.

"Isso se justifica pela rapidez com que as novas informações e tecnologias estão surgindo. Para se manter em posição de destaque, a Embrapa tem que olhar à frente para se adequar aos novos desafios, destaca o Secretário de Gestão e Estratégia, Evandro Mantovani.

A missão, valores, visão e posicionamento estratégico, bem como objetivos e diretrizes estratégicas da Embrapa, devem se adequar à realidade que deve ser encontrada nos próximos anos. "Vamos trabalhar com tendências consolidadas, a partir do que foi verificado como possíveis cenários. A partir daí, estaremos definindo se são tendências que a Embrapa tem ou não faculdade de trabalhar", explica Mantovani.

Planejamento Estratégico

A Embrapa utiliza o planejamento estratégico como ferramenta de gestão há vinte anos em um esforço continuado de desenvolvimento e melhoria gerencial. Para subsidiar essa nova versão de seu Plano Diretor, a Embrapa realizou um estudo de cenários, em parceria com a Rede de Inovação e Prospecção Tecnológica para o Agronegócio do Brasil (Ripa), que avaliou os elementos com potencial de impacto para a empresa até o ano de 2023.

Também foram realizadas análises de ambiente interno para auxiliar as discussões durante o workshop. Essas avaliações também vão orientar um segundo workshop, que ocorre em dezembro, no qual serão definidas estratégias de médio prazo, para o quatriênio 2008-2011. Os resultados serão encaminhados para aprovação da diretoria e, posteriormente, ao Conselho de Administração da Embrapa.

Entre as oportunidades para a empresa, segundo as interpretações dos cenários que podem se dar até 2023, estão o aumento da demanda por tecnologias para produção de agroenergia, de alimentos nutracêuticos e orgânicos, a superação de barreiras tarifárias e não-tarifárias aos produtos agropecuários brasileiros, a exploração sustentável dos biomas para o desenvolvimento da produção das diversas regiões e a ampliação da inserção internacional dos produtos brasileiros.

Entre as ameaças, estão os investimentos insuficientes em recursos humanos e infra-estrutura, o risco de que a infra-estrutura laboratorial se torne obsoleta e a entrada de concorrentes externos no mercado nacional.

Vitor Moreno (DRT 38057/SP)Assessoria de Comunicação Social – EmbrapaContatos: (61) 3448-4039vitor.moreno@embrapa.br