13/12/07 |

Chefes conhecem detalhes de projetos de agroenergia

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A agroenergia foi o foco das discussões da manhã do segundo dia da III Reunião Geral dos Chefes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os participantes conheceram detalhes sobre o programa de Mestrado Profissional em Agroenergia, foram informados sobre os resultados do grupo que trabalha na elaboração do Programa Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Etanol (PNP Etanol) e assistiram a uma apresentação sobre o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar no Brasil.

Mestrado

A manhã começou com a apresentação do Mestrado Profissional em Agroenergia pelo pesquisador Ivan Sérgio Sousa, que coordena o grupo de trabalho pela parte da Embrapa. Além da instituição, o curso é ministrado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esalq), vinculada à Universidade de São Paulo (USP). Ministrado em três cidades (São Paulo, Piracicaba e Campinas), o programa está programado para começar no próximo ano e já tem boa parte de suas vagas preenchidas.

Segundo Sousa, o curso está dividido em três grandes áreas. Cada uma delas terá o conteúdo desenvolvido por uma das instituições participantes. Caberá à Embrapa o ensino de "Princípios, Ferramentas e Processos da Produção de Agroenergia". Assim, a instituição deve ministrar quatro das doze disciplinas obrigatórias – "Ferramentas de Gestão do Negócio Agroenergia", "Processamento da Produção e Transformação", "Fontes Alternativas de Energia" e "Binômios e Associações Estratégicas em Agroenergia". Além disso, divide com as outras instituições a responsabilidade pela cadeira de "Metodologia de Elaboração de Dissertação".

PNP Etanol

Em seguida, o chefe-geral da Embrapa Agroenergia (Brasília - DF), Frederico Durães, deu detalhes sobre os resultados do grupo de trabalho que está desenvolvendo o PNP Etanol. Entre as metas do programa para os próximos cinco anos, estão duplicar a produção de etanol por hectare de cana plantada e reduzir pela metade os custos de produção do combustível. Isso se dará, segundo Durães, pelo fortalecimento das redes competitivas de PD&I que já estão estabelecidas no Brasil, pela ampliação das competências técnico-científicas e pelo desenvolvimento de cultivares modificadas e novas rotas tecnológicas para a obtenção do combustível.

Para Durães, o PNP Etanol se faz necessário porque o Brasil tem que manter a posição de liderança com relação à produção de etanol. "A vantagem competitiva é transitória", repetiu diversas vezes durante a apresentação. A estrutura do programa deverá dar suporte aos sete grandes itens que estarão incluídos na agenda comum das instituições participantes: governança; desenvolvimento de tecnologia agronômica; desenvolvimento de tecnologia industrial; estudos transversais; capacitação e treinamento; parcerias internacionais; e comunicação empresarial, transferência de tecnologia e negócios.

O programa, encomendado pela Casa Civil, da Presidência da República, é coordenado pela Embrapa e conta com parceiros da iniciativa pública (órgãos e universidades federais e estaduais, instituições, associações, Petrobras e outros) e privada (Centro de Tecnologia Canavieira, Grupo Votorantim, Dedini, associações e outros).

Zoneamento

Logo depois, o chefe-geral da Embrapa Solos (Rio de Janeiro - RJ), Celso Manzatto, falou aos participantes sobre o andamento do projeto de zoneamento agroecológico da cultura de cana-de-açúcar no Brasil. Segundo ele, o processo é de construção de uma agenda que leve em conta a preocupação dos governos com expansão desordenada que a cultura teve até agora no país. "Nós estamos trabalhando para o alinhamento da política agrícola com a política ambiental no Brasil", justificou.

Entre outros fatores, o mapeamento levou em conta as unidades de conservação existentes no país, as áreas consideradas prioritárias para a biodiversidade, o relevo, a aptidão dos solos e o clima de cada região. Desse modo, foram criados filtros de exclusão de áreas com restrições sociais, econômicas ou ambientais. Essas zonas foram excluídas das áreas a serem avaliadas com relação a sua aptidão para o plantio de cana. O projeto, que deve servir para definir os critérios para as áreas agrícolas nos estados, está em diferentes estágios na Amazônia, no Nordeste e na região Centro-Sul.

Por determinação da Casa Civil, o projeto é acompanhado pelo Mapa e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Além da Embrapa, a equipe do projeto conta com técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), da Universidade de Campinas (Unicamp) e da Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável (SDS) do MMA.

Vitor Moreno (DRT 38057/SP)Assessoria de Comunicação Social – EmbrapaTelefone: (61) 3448-4039E-mail: vitor.moreno@embrapa.br

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/