Autor do livro "Para Mudar o Futuro, Mudanças climáticas, políticas públicas e estratégias empresariais", o ex-reitor da USP fez um breve histórico sobre o tema, ressaltando as evidências, conseqüências e ações que devem ser tomadas para amenizar os efeitos das alterações climáticas. Além disso, relacionou 15 prioridades de ação para a Embrapa, que foi bastante discutida entre os presentes.

Marcovich propôs ações como agir com as melhores tecnologias disponíveis, para a redução de emissões de gases de efeito estufa sem esperar um marco jurídico ideal; fixar objetivos voluntários de redução e desenvolver programas de implantação decorrentes, com base no artigo 10 do Protocolo de Kyoto; atuar no melhoramento genético de sementes e mudas para resistir às variabilidades climáticas e monitorar adequadamente o impacto das mudanças climáticas na produção agrícola; pesquisar a capacidade de adaptação da floresta amazônica às mudanças climáticas; entre outros.

Em relação aos biocombustíveis, o professor sugeriu a promoção de estudos sobre os padrões de produção sustentável que incluem os aspectos econômicos, ambientais, sociais e culturais; políticas públicas para induzir a eficiência energética; e o estudo do conflito entra a utilização de terras para cultivo de alimentos e para a obtenção de biocombustíveis.

Ao final, Marcovich ressaltou, ainda, a importância de a Embrapa estruturar amplos programas de formação para carreiras relacionadas ao desenvolvimento limpo. Segundo ele, é preciso realizar uma ampla revisão dos currículos nos cursos universitários e profissionalizantes existentes. "É necessário criar novos cursos e novas carreiras, que respondam às expectativas das gerações que ingressam no mercado de trabalho", comentou.

Juliana Freire (MTb 3053/DF)Contato: (61) 3448-4039juliana.freire@embrapa.br