17/12/07 |

Arroz para várzea movimenta produtores no Pará

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A cultivar de arroz de várzea BRS Jaçanã, indicada para a região tropical, vai ser lançada nesta quarta-feira (19) no Pará pela Embrapa Amazônia Oriental, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O Dia de Campo de lançamento acontece em Belém, na área de várzea do rio Guamá onde a instituição mantém unidade de demonstração do Sistema de Produção Sustentável de Arroz.

A importância da nova tecnologia para os produtores paraenses revela-se no fato de que é na área de várzea (beira de rio) que se encontra o grande potencial para a produção de arroz no Pará, avalia o pesquisador Altevir de Matos Lopes, responsável pelo lançamento. Ao lado da riqueza do solo, do acréscimo periódico da fertilidade pelas águas de inundação e das condições climáticas ideais, há ainda possibilidade de serem produzidas duas safras por ano.

Somente 5% da produção estadual desse cereal provém do cultivo na várzea, enquanto o restante é de terra-firme, informa Altevir Lopes. "Para se ter uma idéia do potencial estadual para arroz de várzea, no Estuário Amazônico paraense encontram-se 2 milhões de hectares em condições excelentes para uma orizicultura intensiva", salienta.

Em comparação, para dimensionar o potencial do Pará, o pesquisador lembra que o Rio Grande do Sul, com 1 milhão de hectares de várzea cultivados, representa 60% da produção nacional de arroz.

Equanto a quase totalidade (95%) da atual produção paraense de arroz é de terra-firme, cultivado com auxílio de mecanização e por grandes produtores, os agricultores familiares cultivam a várzea com a mão.

"Assim tem sido porque os agricultores familiares, em sua grande maioria, não conseguem obter financiamento porque ainda não têm títulos de terra regularizados", lembra o pesquisador, salientando que o programa do governo federal "Nossa Várzea" tende a mudar esse quadro para a agricultura familiar.

Vantagens da tecnologia

"A cultivar Jaçanã destaca-se pela sua ótima qualidade de grãos, com características de grande aceitação pela indústria arrozeira e produtividade média de 5 mil quilos por hectare", destaca Altevir Lopes. Além disso, segundo ele, o sistema de produção proposto permite ao produtor cultivar e permanecer na mesma área, ano após ano, sem necessidade de novas derrubadas de área de mata.

De acordo com o calendário agrícola de cada estado para onde a cultivar é recomendada, o Pará é o último estado onde ocorre o lançamento. A BRS Jaçanã já foi lançada este ano pela Embrapa para as condições de Goiás, Tocantins e Roraima.

Do evento em Belém participam também os pesquisadores Paulo Hideo Nakano Rangel (Embrapa Arroz e Feijão/GO), Raimundo Mascarenhas e Roni de Azevedo (Embrapa Amazônia Oriental), além do técnico Juvenal Galdino (Embrapa Amazônia Oriental).

Izabel Drulla Brandão (MTb 1084) Embrapa Amazônia Oriental Contatos: (91) 3204 1200 - izabel@cpatu.embrapa.br

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/