09/01/08 |

Dendê começa a ser plantado no Alto Solimões

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Com o início do plantio das 75 mil mudas de dendezeiro em áreas de produtores rurais cadastrados, a adoção da cultura do dendezeiro como atividade base da agricultura familiar, começa a se consolidar no Alto Solimões.

A iniciativa faz parte do projeto "Validação de tecnologias de produção de óleo de dendê para biodiesel por agricultores familiares do Amazonas", que prevê a implantação de 500 hectares com a cultura do dendezeiro, ao longo do eixo da BR 307, que liga os municípios de Atalaia do Norte e Benjamin Constant beneficiando inicialmente 100 famílias.

Desenvolvido pela parceria Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus-AM),Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), Instituto deDesenvolvimento Agropecuário do Amazonas (Idam), e prefeituras dos municípios envolvidos, o projeto foi proposto pela Associação para o Desenvolvimento Agro-Sustentável do Alto Solimões (Agrosol), presidida pelo bispo Alcimar Caldas Magalhães à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), no valor de R$ 3,350 milhões.

Ocupação e renda

O projeto tem como  objetivo a implantação de projeto demonstrativo com a cultura do dendezeiro, com efetiva participação de agricultores familiares, em área de floresta alterada na região de fronteira entre o Brasil, Colombia e Peru.

Pretende-se  buscar a avaliação e validação da dendeicultura como atividade âncora na geração de ocupação e renda para pequena propriedade rural, voltada para a produção de óleo vegetal para uso como insumo energético/biodiesel, a ser utilizado em comunidades isoladas da Amazônia.

Cada família vai receber, cada uma, 5 hectares de plantio de dendê em suas propriedades, onde o projeto beneficiará com adubo, mudas e a assistência técnica, enquanto as famílias contempladas entram com a mão-de-obra.

A próxima etapa do projeto é expandir o benefício para outras famílias, que serão escolhidas por meio de um criterioso processo de seleção de perfil, estimado pelos órgãos participantes do projeto.

A previsão é que a partir de 2012 a plantação já estará na fase adulta. Aprodução estimada de 2,2 mil mil toneladas anuais representará 25% do óleo diesel consumidoa para geração de energia elétrica nos dois municípios.

A intenção é que essa quantidade de óleo seja adquirida dos produtores pela geradora de energia para que o dinheiro circule nessas comunidades, gerando mais emprego e renda nessas localidades.

Potencialidades – Conforme as pesquisas da Embrapa, no Brasil, somente a região amazônica e uma estreita faixa do litoral baiano apresentam condições edafoclimáticas (de clima e solo) favoráveis ao desenvolvimento da dendeicultura, sendo que a extensão mais representativa é encontradana Amazônia Ocidental.

No caso da Amazônia, os dendezais podem ser implantados em áreas já degradadas, com pouca ou nenhuma atividade produtiva econômica, as quais podem ser recobertas com esta cultura, convertendo-se assim, em sistemas perenes, produtivos e altamente valorizados.Tais sistemas irão absorver a mão-de-obra rural presente nestas áreas, hoje empenhada em atividades de agricultura itinerante ou de extração ilegal de madeira, ambas debaixa rentabilidade, baixo benefício social e considerável capacidade de destruição da floresta amazônica.

Fatores favoráveis para o dendê na Amazônia:Adaptada às condições edafoclimáticas da regiãoSistema de produção definido e validadoMaior produtividade entre as oleaginosasReduzidos impactos ao ambientePouco uso de mecanização e defensivos agrícolasAlta capacidade de fixação de carbonoProdução bem remunerada e mercado garantido

Características da cultura:Oleaginosa de maior produtividade: 4 a 6 t/haInicio da produção: 3 anos após plantioLongo período de exploração: >25 anosBaixa mecanização: ~ 1 emprego/6 haBaixo custo de produção: 220 US$/tMercado garantido e produção bem remunerada

Aptidão: Zona Tropical Úmida

Maria José Tupinambá  MTb/AM 114Embrapa Amazônia Ocidental – Manaus/AMContatos:  (92) 3621-0352 - Fax (92) 3621- 0430maria.tupinamba@cpaa.embrapa.br

Mais informações sobre o tema
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