A banana, fruta rica em potássio, energia e fibras, está presente na dieta de brasileiros de todas as classes sociais. A popularidade da banana é tanta que até marchinhas de carnaval utilizam a banana como tema.

Visando selecionar e recomendar clones de banana (Musa spp.) mais produtivas para a região dos Cerrados, uma equipe da Embrapa Cerrados (Planaltina – DF), coordenada pelo pesquisador Tadeu Graciolli Guimarães, da área de fruticultura, está participando do projeto "Estratégias para o melhoramento da bananeira", liderado pelo pesquisador Sebastião de Oliveira Silva, da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas –BA).

A equipe finalizou,  a instalação de um experimento no campo com 23 variedades de banana, pertencentes aos subgrupos das bananas tipo Prata, Cavendish (Nanica), Maçã e Terra (frutos para fins de cozimento).

A área experimental de aproximadamente 3.000 m2 conta com 420 mudas, provenientes de cultura de tecidos e produzidas em laboratório, totalmente livres de patógenos. O trabalho, iniciado em outubro com o plantio das mudas em sacos plásticos no viveiro da Embrapa Cerrados, visa avaliar o desempenho agronômico dos diversos materiais.

A pesquisa pretende recomendar aqueles que apresentarem elevado potencial produtivo no Distrito Federal, região que produz apenas 15% do consumo interno de banana, segundo dados da EMATER-DF.

Para suprir a demanda de consumo do DF, seria necessário expandir a cultura da bananeira em cerca de 830 hectares, considerando uma produtividade, sem uso de irrigação, de 20 toneladas por hectare.

Qualidade dos frutos

O pesquisador Tadeu Graciolli Guimarães explica que além da produtividade física, a pesquisa irá avaliar a qualidade dos frutos, duração de ciclo, características de crescimento e  tolerância às principais doenças e pragas, e destaca: "A demanda por informações sobre o cultivo da bananeira nos Cerrados e, em especial no DF, é muito grande; e a busca por materiais mais produtivos e melhor adaptados às condições de cultivo deste bioma é fundamental, principalmente, considerando-se o surgimento de novas doenças e o agravamento de outras já existentes, e também à instabilidade cada vez mais intensa das condições do clima", salienta.

 Do plantio das mudas vindas da Embrapa Mandioca e Fruticultura até a montagem do experimento no campo, foram exatos três meses de condução até que as plantas atingissem o tamanho ideal para serem transplantadas no campo. O pesquisador destaca que a participação e o empenho de pessoas de diversos setores foram fundamentais para o cumprimento desta primeira etapa..

O trabalho contou com a colaboração das equipes do Viveiro e dos Setores de Fruticultura, Mecanização Agrícola, Transportes e de Campos Experimentais, da Chefia de P&D,  de pesquisadores e estagiários da Fundação Integrada Municipal de Ensino Superior (FIMES - Mineiros - GO), da Faculdade de Caldas Novas (UNICALDAS - Caldas Novas - GO) e da Universidade Estadual de Goiás (UEG - Ipameri - GO).