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Estilosante Campo Grande permite ganho de peso do rebanho

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Tradicionalmente, a época de plantio de pasto na região dos Cerrados começa com as primeiras chuvas e vai até o mês de março. Uma boa alternativa para aumentar o desempenho animal é utilizar o estilosante Campo Grande consorciado com braquiária (Decumbens, Marandu, Xaraés, Tanzânia, Mombaça ou Massai).

A leguminosa possui bom valor nutritivo com 12% a 18% de proteína bruta e boa palatabilidade para bovinos. Outra vantagem é a fixação de nitrogênio no solo, que reduz os gastos com insumos agrícolas, diminuindo os impactos negativos no ambiente causados por fertilizantes químicos. 

 

Lançado pela Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o estilosante Campo Grande é uma mistura de duas espécies: Stylosanthes capitata (80%) e Stylosanthes macrocephala(20%).

Pastagens consorciadas

Já foram implantados mais de 600 mil hectares de pastagens consorciadas no Brasil, elevando a rentabilidade dos produtores que utilizam essa leguminosa.

A forrageira é rica em proteína e possibilita melhor desempenho animal. De acordo com o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Celso Dornelas Fernandes, as pesquisas demonstram que o uso do estilosante Campo Grande consorciado com braquiárias gera um aumento de 27% na produção de carne.

A leguminosa ajuda a fixar o nitrogênio, o que diminui os custos com fertilizantes químicos e melhora a qualidade do solo. Consorciada com gramíneas, o estilosante fixa de 60 a 100 quilos de nitrogênio por hectare por ano, o que equivale a 130 a 220 quilos de uréia.

"A fixação do nitrogênio melhora a qualidade do solo e diminui a degradação, isso fica mais visível a partir do segundo ano de pastagem consorciada", explica Fernandes. "O estilosante tende a cobrir os espaços deixados pela braquiária, o que também evita a degradação da pastagem", conclui.

O estilosante Campo Grande se adapta bem aos solos arenosos das regiões tropicais, desde o norte do Paraná até o sul do Pará e Rondônia. De acordo com o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, não deve ser utilizado sozinho, sempre consorciado com braquiárias. E deve-se fazer um manejo cuidadoso do pasto.

"A braquiária cresce mais rápido e pode fechar sobre a leguminosa, então é necessário colocar os animais no pasto e abrir espaço para o estilosante, que precisa de luz para se desenvolver", alerta Fernandes.

Para implantar a leguminosa forrageira em um pasto de braquiária já existente, deve-se fazer uma gradagem pesada e outra leve para abrir espaço para a semeadura do estilosante. Além dos custos com sementes e máquina, o produtor terá que investir numa adubação básica com fósforo e potássio.

Embora não existam pesquisas realizadas pela Embrapa sobre o uso do estilosante Campo Grande para alimentação de caprinos e ovinos, alguns produtores utilizam, com sucesso, a forrageira para esta finalidade.

Outras informações sobre estilosante Campo Grande no site da Embrapa  Gado de Corte www.cnpgc.embrapa.br.

Adriana Brandão (01067-CE)Embrapa Gado de CorteContatos: (67) 3368.2144

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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