21/02/08 |

Biocombustível é pauta de evento internacional

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O primeiro dia do Fórum de Legisladores sobre Mudanças Climáticas do G8+5, que teve início nessa quarta-feira, dia 20, e segue até hoje, dia 21, no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, contou com a participação de várias instituições brasileiras, dentre elas a Embrapa.

Representada pelo diretor Geraldo Eugênio, a empresa foi convidada para abordar o tema "Produção de Biocombustível no Brasil". O diretor apresentou o trabalho realizado pela Embrapa na área e mostrou aos participantes como é possível produzir energia limpa no Brasil aliando fatores econômicos, ambientais e sociais. "Ao longo desses 35 anos nossa agricultura cresceu em produtividade, e não em expansão de área. Isso significa que trabalhamos pesado no desenvolvimento de tecnologias mais eficientes. Assim também será com a produção de biocombustíveis", explicou Geraldo, que ressaltou, ainda, a possibilidade da área cultivável de cana-de-açúcar aumentar de 6 milhões de hectares para 18 milhões das atuais áreas degradadas.

O diretor apresentou também vantagens dos biocombustíveis como ganhos ambientais pelo sequestro de carbono e baixos níveis de emissões de gases; ciclo de produção curto, fortes impactos nas trocas comerciais, melhor distribuição de renda e geração de novos empregos.

Além da Embrapa, a Petrobrás e a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica) participaram do evento. Para o deputado federal Antônio Palocci, que presidiu o painel sobre biocombustíveis, o grande desafio é conciliar os retornos ambientais com os econômicos. "Sabemos que existe a possibilidade real de se trabalhar com os biocombustíveis, o Brasil é prova disso, mas devemos avançar no debate para compreender e contribuir para que todas as nações possam ter ganhos", relatou.

O presidente da Unica, Marcos Jank, enfatizou o fato de no Brasil a matriz energética limpa ser de 45%, enquanto que no restante do mundo é de cerca de 15%. "Provamos que é possível reduzir a dependência de combustíveis importados e contribuir para a diminuição de emissão de gases de efeito estufa, de forma sustentável."

Os legisladores do G8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino unido, Canadá, Itália, e Rússia) e dos cinco maiores países em desenvolvimento (Brasil, Índia, China, África do Sul e México) pretendem avaliar uma proposta de Estratégia sobre Mudanças Climáticas pós 2012, desenvolvida pela Organização Mundial de Legisladores para um Meio Ambiente Equilibrado (Globe International).

Juliana Freire (MTb 3053/DF)Contato: (61) 3448-4039juliana.freire@embrapa.br

Mais informações sobre o tema
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