Construir um cenário para as relações Brasil-Reino Unido na área de agricultura sustentável. Esse foi um dos principais objetivos do Workshop em Ciências Agrícolas, realizado em Brasília, pela Embrapa e instituições de pesquisa do Reino Unido, entre 25 e 27 de fevereiro. Durante o evento os participantes, 15 pesquisadores britânicos e 32 brasileiros, discutiram sobre o tema, estabelecendo desafios, estratégias e prioridades.

O workshop foi dividido em uma sessão plenária - com palestras sobre os principais tópicos relacionados com o financiamento de pesquisa na área de sustentabilidade e a questão da comercialização e inovação em agrociência -, e em sessões paralelas, em que se abordou os novos desafios do manejo de pragas e doenças, questões sobre o carvão vegetal em solo (biochar), além do estabelecimento de cenários relacionados aos impactos das mudanças climáticas nas doenças de plantas. Além disso, a diretora da Embrapa, Tatiana de Abreu Sá, ministrou palestra sobre o desenvolvimento de pesquisa em parceria Sul-Sul.

Segundo o supervisor da Coordenadoria de Cooperação Internacional da Embrapa, Bonifácio Magalhães, o resultado do evento foi bastante positivo. "O workshop permitiu identificar tópicos comuns entre os dois países, possibilidades de parceria e também possíveis fontes de financiamento.

Laboratório Virtual

Outro objetivo da vinda dos pesquisadores britânicos ao Brasil foi a negociação da instalação de um posto avançado do Labex Europa na Inglaterra. O continente já conta com o Laboratório Virtual da Embrapa na França e na Holanda.

Durante as negociações, ficou acertado um cronograma técnico, aguardando aprovação da diretoria da Embrapa, que prevê a ida do pesquisador que coordenará os trabalhos na Inglaterra, até o início de 2009. Uma missão da Embrapa deve ir ao país em maio deste ano para conhecer o Norwich Research Park, instituição de pesquisa inglesa que está a frente das discussões, e fazer uma pré-definição da escolha de uma área de pesquisa no país.

Para o chefe da Assessoria de Relações Internacionais da Embrapa, Elísio Contini, "essa é uma oportunidade de estreitar o relacionamento com um país, considerado um dos grandes geradores de conhecimento em ciências agrícolas como a Inglaterra".

Juliana Freire (MTb 3053/DF)

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