A Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás-GO), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, realizou hoje( 26) , o I Seminário Nipo-Brasileiro sobre a Cultura do Arroz no auditório da Embrapa Sede, em Brasília (DF).

O evento teve o apoio da Embaixada do Japão e integrou o calendário comemorativo do centenário da imigração japonesa ao Brasil.

Na abertura do Seminário, o Embaixador do Japão, Ken Shimanouchi, afirmou, aos participantes  do evento, que acreditava que o interesse despertado pelo tema para o comparecimento do público se devia à popularidade que o arroz possui nas duas nações.

Adicionalmente, fez um breve relato, com uma recapitulação e um prognóstico promissor, sobre a imigração japonesa ao Brasil e a agricultura.

"A imigração japonesa exerceu um papel preponderante na agricultura com a aplicação de técnicas de cultivo em grãos, hortaliças e frutas, que muito contribuiu para a fartura na mesa do brasileiro. Na região do cerrado, houve contribuição também para que o Brasil se tornasse um dos maiores produtores agrícolas do mundo. E, considerando-se o aumento da demanda mundial por alimentos, ocasionada pela explosão populacional que deverá ocorrer em vários países, o Brasil poderá caminhar a passos firmes para atender esses mercados. No caso do Japão, existe também a dependência de outras nações para o abastecimento interno do país. Portanto, o cenário da agricultura brasileira é muito importante", disse Shimanouchi.

Sob o intuito de apresentar os avanços na área da rizicultura no Brasil, a chefe-geral da Embrapa Arroz e Feijão, Beatriz da Silveira Pinheiro, fez  uma abordagem da evolução da pesquisa com o arroz nos dois sistemas de cultivo do país: irrigado e terras altas.

Um dos destaques da palestra foi um trabalho da Embrapa realizado em parceira com instituições japonesas.

Intitulado Expedição Binacional de Coleta de Germoplasma, o projeto foi empreendido entre 1992 e 1994 , quando foram coletadas amostras da espécie silvestre de arroz (Oryza glumaepatula) no Estado do Amazonas, mais especificamente na bacia dos rios Negro e Solimões.

Atualmente, a espécie encontra-se preservada e é empregada dentro do programa de melhoramento do arroz para fins de  introdução de genes para geração de novas cultivares. Beatriz citou esse trabalho como um exemplo de parceria bem-sucedida entre as duas nações e que pode servir de exemplo a outras iniciativas em conjunto.

O I Seminário Nipo-Basileiro sobre a Cultura do Arroz contou ainda com a participação dos diretores-executivos da Embrapa, José Geraldo Eugênio de França e Tatiana Deane de Abreu Sá; e dos palestrantes Yasuki Uehara, Alcido Wander, Ichiro Abe e Azuma Kirin.

Um dos desdobramentos desse evento ocorrerá amanhã (27 ) com a visita de empresários e de autoridades japonesas às instalações da Embrapa Arroz e Feijão.

Na ocasião, serão apresentados os trabalhos desenvolvidos pelo centro de pesquisa e a discussão de possíveis parcerias, haja vista que um dos objetivos do Seminário é incentivar o estabelecimento de pesquisas em conjunto, seja na produção, colheita, pós-colheita ou industrialização do arroz.

Rodrigo Peixoto (1.077 MTb-GO)Embrapa Arroz e FeijãoContatos: (62) 3533-2108;  rpbarros@cnpaf.embrapa.br

30ª Conferência Regional da FAO para América Latina e Caribe"Bioenergia para a segurança alimentar e o meio ambiente"De 14 a 18 de abril em Brasília – DF