29/04/08 |

Cultura da cana-de-açúcar recebe atenção da pesquisa

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Com um cenário promissor, a cultura da cana-de-açúcar recebe cuidados de vários segmentos da sociedade, entre eles, a pesquisa agropecuária. Em Mato Grosso do Sul, há onze usinas implantadas, produzindo 1,5 tonelada de açúcar e 659 milhões de litros de álcool, em 184 mil hectares.

Considerando as que estão em fase de implantação, serão 31 usinas em 900 mil hectares cultivados com cana-de-açúcar, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Produção, Desenvolvimento Agrário e Turismo. Se todos os projetos de consultas forem formalizados a área salta para 1.470 mil hectares com cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul.

Diante de tais perspectivas a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ao lado de parceiros, como a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro – RIDESA, pretende desenvolver estudos com a cultura em diversas áreas. Em Mato Grosso do Sul, a Embrapa Agropecuária Oeste, situada em Dourados-MS, deverá estudar sistemas de produção, objetivando a sustentabilidade da cultura no Estado.

Os trabalhos serão executados em conjunto com a Ridesa. A Rede é formada por dez universidades federais, que através do desenvolvimento de pesquisas, visa a melhoria da produtividade do setor. Seu foco maior é o melhoramento genético, onde já foram lançadas 67 variedades RB, frutos do banco de germoplasma, composto por 2.550 materiais. "Nosso desafio é obter, cada vez mais, variedades com qualidade e especificidade", revela o professor da Universidade Federal de Alagoas e membro da Rede, Geraldo Veríssimo, que esteve em Dourados (MS) durante o período de 21 a 24 de abril.

O professor Geraldo foi a Dourados, a convite da Embrapa Agropecuária Oeste, quando teve a oportunidade de conhecer alguns dos empreendimentos que estão sendo implantados no Estado e também para proferir seminários para pesquisadores e técnicos envolvidos com a atividade sucroalcooleira em MS.

Ele explica que desde sua criação, o convênio já conseguiu, além do lançamento das cultivares, semeadas em todas as regiões produtoras de cana-de-açúcar, apresentar tecnologias como "a introdução de controle biológico, o aproveitamento de resíduos da produção de álcool e açúcar, o desenvolvimento de álcool etílico não corrosivo, a seleção de leveduras melhoradas para uma maior eficiência da fermentação alcoólica e a calibração de abudação de macro e micronutrientes em diversas regiões do Brasil, mas os estudos podem avançar bem mais. Há necessidade de maior interação entre as áreas para as pesquisas. Temos carência nos segmentos de fisiologia vegetal, fitossanidade, nutrição e adubação, irrigação e mecanização".

Assim, a Embrapa, como responsável pelo Programa Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Etanol, em companhia de parceiros como a Ridesa e outros, têm de 2008 a 2012 muito trabalho pela frente.

Dalízia Aguiar (DRT/MS 28/03/14) Embrapa Agropecuária Oeste (67) 425-5122/ R233 - dalizia@cpao.embrapa.br

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