Pesquisadores da Cooperativa dos Agropecuaristas Solidários de Itápolis, SP (Coagrosol); do Instituto Biológico de Campinas; da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, se reuniram na quinta-feira(8), na Embrapa, para discutir as ações para o controle biológico do gorgulho-da-goiabeira.

Os danos causados por esse inseto são principalmente a depressão na casca e o ponto preto central, onde é realizada a postura. De acordo com o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Luiz Alexandre Nogueira de Sá as larvas no interior da goiaba atingem até 1,2 mm e depois abandonam os frutos.

Passam, então, a pupar no solo, na profundidade de 5 a 10 cm, podendo hibernar por 6 a 7 meses, no período frio. Os adultos (besouros) têm hábitos noturnos de difícil observação nos pomares de goiaba.

Os prejuízos causados pelo inseto nos pomares de goiabas na região de Itápolis têm sido altos. "De cada 10 frutos, sete deles estão infestados pela larva do gorgulho", informa Sá.

O pesquisador explica que uma das vias de controle desta praga é o controle químico à base de inseticidas fosforados e piretróides, com aplicações após a floração. Sá enfatiza também a importância do controle cultural por meio da catação dos frutos infestados, antes de caírem das árvores, a necessidade da limpeza e catação dos frutos caídos e destruídos no solo pelo ataque da praga.

"Ainda se desconhece os agentes para o seu controle biológico", diz Sá. Por isso, ele sugere a utilização de nematóides benéficos que parasitam as formas jovens da praga no interior do solo e podem efetivar o controle dessa praga.

Serão feitos experimentos em laboratório e campo para testar isolados desses nematóides entomopatogênicos para controle biológico da praga.

Cristina Tordin ( MTb 28.499)Embrapa Meio AmbienteContatos:19.3311.2608cris@cnpma.embrapa.br