11/06/08 |

Normas para Produção Integrada de Morango tem participação da Embrapa

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A Embrapa Meio  Ambiente (Jaguariúna, SP), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, foi uma das instituições responsáveis pela elaboração das Normas, além de coordenadora do evento, em parceria com a Prefeitura da Estância de Atibaia e a Associação dos Produtores de Morangos e Hortifrutigranjeiros de Atibaia, Jarinu e região.

Estiveram presentes o chefe geral da Embrapa Meio Ambiente, Claudio Spadotto; o diretor do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade - DEPROS/SDC do Mapa, Sávio José Barros de Mendonça; os prefeitos de Atibaia, José Roberto Tricoli, e de Jarinu, Vanderlei Gerez, também presidente do Circuito das Frutas, além do Secretário de Agropecuária e Abastecimento de Atibaia, Humberto Rosente; e o representante da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária Carlos Alexandre Oliveira Gomes.

Para Mendonça o "grande desafio da produção integrada é integrar o social, o ambiental e o econômico, dando ênfase às pequenas culturas". Para ele "a fruticultura é socialmente mais justa que as demais culturas, pois agrega valor e dá mais emprego", disse. No entanto, "o desafio no momento é agregar a dinâmica ambiental na produção".

Segundo ele, a meta do Mapa é fazer com que cada produtor rural (pequeno e médio) seja um empresário rural que trabalhe a Produção Integrada em sua propriedade, onde toda a propriedade e não somente um produto, a fruta, seja certificada. Para isso, "temos que pensar em alternativas normativas", previu.

Spadotto enfatizou que o trabalho da Embrapa Meio Ambiente é justamente conseguir aliar a preocupação ambiental à produção agrícola e que a produção integrada é uma resposta inteligente aos possíveis problemas de contaminação de solo, água e alimentos, transformando aparente ameaça em oportunidade. Ele destacou a importância fundamental da parceria entre os produtores e as instituições públicas, fundamental para que o processo tenha continuidade.

Tricoli se entusiasmou com a PIMo e disse que "no Plano Diretor de Atibaia estão contempladas as ações integradas, não se esquecendo da produção agrícola". "Precisamos cuidar da questão ambiental com o apoio da Embrapa, do Mapa e a união de todos os produtores", disse ele.

Gerez, prefeito de Jarinu enfatizou que a PIMo tem começo e continuidade perene com o empenho dos pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente. "Nossa meta é a Certificação de origem", disse, almejando o selo que muitas regiões no Brasil possuem, como o Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves, RS.

Segundo a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente e uma das coordenadoras do projeto PIMo, Fagoni Fayer Calegário, trata-se de um sistema de qualidade aplicado ao campo. "O sistema é bastante complexo, pois integra várias áreas temáticas". Por conta disso, ela salientou que é sempre possível pesquisadores de todas as áreas se integrarem e colaborarem para a sua melhoria. "É desafiador, mas possível. Temos grandes exemplos funcionando muito bem no Sul do Brasil (maçã e pêssego) e no Nordeste (uva de mesa, manga, mamão, melão), principalmente", exemplifica.

Na ocasião houve uma visita ao campo experimental de morangos - Unidade Demonstrativa Central – UDC da PIMo, localizada no Parque Duílio Maziero, onde os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer em mais detalhes o funcionamento do sistema. A UDC é uma área para validação, realização de aulas práticas e demonstrações do sistema para os produtores e demais interessados.

Na parte da tarde, a pesquisadora Valéria Sucena Hammes, também da Embrapa Meio Ambiente, apresentou a palestra "Toxicologia, previsão de safra e comercialização diferenciada de morangos na PIMo" aos produtores.

Eliana Lima, MTb 22.047Embrapa Meio Ambienteelima@cnpma.embrapa.br

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