20/06/08 |

Assentamento Tarumã-Mirim tem mostra de atividades

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Comunidades próximas a Manaus, conhecidas por produzir carvão a partir da queima da floresta e capoeiras e pela exploração inadequada de madeira, mostram agora que querem produzir alimentos e madeira e deixar de vez a fumaça e a moto-serra.

Produtores do Assentamento Tarumã-Mirim, zona rural de Manaus, realizaram na quarta-feira (18) a mostra das atividades realizadas nos últimos dois anos, sob a coordenação da Embrapa Amazônia Ocidental, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Escola Agrotécnica Federal de Manaus e pequenos produtores rurais.

A Embrapa desenvolve, desde 2005, um projeto com sistemas agroflorestais (plantios consorciados), envolvendo cinco comunidades, que permitirá a geração de conhecimento científico sobre espécies e arranjos agroflorestais de importância econômica, social e ambiental.

Recuperação de áreas degradadas

Os produtores têm trabalhado com hortaliças e vários plantios de tucumã, rambotã, pupunha, mandioca, castanha e cupuacu. A equipe da Embrapa e parceiros têm oferecido cursos, palestras e participado de reuniões em busca de soluções para os problemas agroambientais locais.

A idéia é recuperar áreas degradadas, evitar que áreas já abertas sejam mal conduzidas e abandonadas e melhorar a produção agroflorestal. Implantando sistemas agroflorestais, o produtor tem mudado o cenário de degradação e abandono de áreas improdutivas, para plantios diversificados, permitindo que a família rural utilize, de forma eficiente, os recursos naturais que dispõe.

Para Joanne Régis, pesquisadora da Embrapa, o encontro foi muito importante como uma prestação de contas inicial. "O diálogo é a mola propulsora deste trabalho. Sem a participação do produtor, é impossívelfazer algo consistente e demonstrativo e sem o apoio da Embrapa e da FAPEAM, não teríamos chegado até aqui", disse a pesquisadora.

Na reunião, o professor Edison Carvalho, da Escola Agrotécnica Federal de Manaus, visivelmente emocionado, apresentou os documentos de criação daAssociação Agrícola Rural do Ramal do Pau-Rosa, um sonho dos comunitários, conquistado graças ao apoio da Escola Agrotécnica.

Agora, os produtores estão organizados e podem expandir suas ações com vistas ao acesso ao crédito rural e a uma maior inserção no mercado. "A criançaestá registrada. Agora precisamos cuidar dela", disse Edison.

O Inpa foi representado pelo coordenador da Extensão, Carlos Bueno, e pela pesquisadora Sandra Tapia Coral que apresentou os resultados doprojeto sobre serviços ambientais, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e desenvolvido nas florestas de10 agricultores familiares.

Floresta em pé

A pesquisadora mostrou a importância de manter a floresta em pé e da possibilidade de pagamento pelos serviços ambientais prestados pelos produtores que preservam e cultivam a terra de forma sustentável. "O cenário atual está caminhando para isso", disseSandra.

Para o produtor Antonivaldo Souza, líder da associação, "a contribuição da Embrapa tem sido muito importante. Estamos aprendendo e buscando cadavez mais melhorar nossos plantios". Participaram da reunião, representantes das comunidades do assentamento, do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável doEstado do Amazonas (Idam), da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Estado, da Escola Agrotécnica Federal de Manaus e da Feira doProdutor da Zona Leste, onde os agricultores da Assagrir têm vendido seus produtos.

Maria José Tupinambá  MTb/AM 114Embrapa Amazônia Ocidental – Manaus/AMContatos: (92) 3621-0352 - Fax (92) 3621- 0430maria.tupinamba@cpaa.embrapa.br

Mais informações sobre o tema
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