19/06/08 |

Instituto Rhothamsted abrigará extensão do Labex na Inglaterra

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A mais nova representação do Labex Europa - laboratório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no exterior – será instalada no  Rhothamsted Research Institute.

A decisão da diretoria executiva (DE) da estatal será comunicada na quinta-feira (19) pela manhã ao governo britânico. Com isso, a Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além de fortalecer sua atuação no velho continente também adicionará uma nova área de estudo, a interação planta/inseto e patógenos.

O Rhothamsted, localizado em Harpenden, no distrito de Hertfordshire, a cerca de 53 quilômetros de Londres, é a mais antiga e tradicional instituição de investigação agrícola do mundo.

As equipes desse centro tem uma plataforma de pesquisa avançada, com pesquisas em várias frentes -  entre elas a microscopia de alta resolução, bioinformática e biometria, relação planta e outros organismos, sistemas sustentáveis de controle de pragas, impacto das mudanças climáticas.

O pesquisador Carlos Eduardo Lazarini, um dos responsáveis pela missão que avaliou o perfil das instituições do Reino Unido interessadas em abrigar esse braço do Labex Europa, comenta que a parceria com o Rhothamsted Research Institute vai ajudar a resolver alguns "gargalos" tecnológicos da produção agrícola, como os mecanismos que regem a interação entre patógenos de plantas com microorganismos (insetos e pragas).

Esse braço do Labex Europa na Inglaterra funcionará da mesma forma das representações existentes em Montpellier (França) e em Wageningen (Holanda), nos quais as equipes estão sediadas no Pólo de Pesquisa em Agronomia Tropical e Mediterrânea (Agropolis) e na Universidade de Wageningen, respectivamente.

O Rhothamsted abrigará um cientista que atuará em pesquisas estratégicas para ambas instituições, na articulação de programas de cooperação com grupos britânicos e no monitoramento de estudos realizados em áreas consideradas pelo Brasil e aquele país como grandes desafios – entre elas mudanças climáticas.

O comunicado oficial da decisão da DE sobre a escolha do Rhothamsted Research Institute será feito a representantes do governo britânico, nesta quinta-feira pela manhã, na Sede da empresa, em reunião com as chefias da Assessoria de Relações Internacionais (ARI) e do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD).

Na próxima semana a ARI deverá publicar o edital para seleção do profissional para ocupar a vaga no Rhothamsted. A intenção é de que  esse cientista da Embrapa faça parte da equipe do Labex Europa ainda neste ano.

Há pelo menos um ano a DE avaliava a possibilidade de o Labex Europa ter uma extensão na Inglaterra. O tema começou a ser discutido em março do ano passado, quando o diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana, e o chefe da divisão de fitopatógenos do Rothamsted, John Lucas, assinaram um memorando de entendimento para a execução de projetos conjuntos para o desenvolvimento sustentável e o intercâmbio de pesquisadores.

A cooperação do Brasil com o Reino Unido tem base jurídica no Acordo de Assistência Técnica, celebrado em janeiro de 1968. Entre as atividades cooperativas mais recentes da Embrapa e organismos daquele país estão  o Ano Britânico-Brasileiro da Ciência & Inovação (em 2007), o Workshop Brasil-Reino Unido sobre Ciências Agrícolas e um outro a respeito de bioenergia – ambos realizados em fevereiro e março deste ano.

O Rothamsted atua em cinco grandes áreas:Bioenergia e mudanças climáticasMelhoramento genético de culturasManejo sustentado de ptagas e doençasSolos e funções do ecossistemaMatemática e biologia computacionalRecursos humanos: 450 empregadosOrçamento anual : 26 milhões de libras

Deva Rodrigues (MTb/RS 5297)E-mail: deva.rodrigues@embrapa.brTelefone (61) 3448-4113

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/