"Semente não é um grão que germina." Foi com essa frase que o pesquisador da Embrapa Soja (Londrina/PR), Francisco Krzyzanowski, iniciou sua palestra "Semente de soja como tecnologia e base para altas produtividades", na quinta-feira (19), durante o Seminário de Agronegócio, na Expo Imin 100, em Londrina.

Segundo Krzyzanowski a semente não pode ser comparada a um grão. "Geralmente o agricultor olha um grão bonito e brilhante e acha que pode usar para plantar. Eu quis mostrar a diferença que existe entre os dois. O que a semente tem de característica que confere a ela a qualidade em relação ao grão, e que é a base para a produtividade", explicou.

O pesquisador apresentou uma orientação técnica para o sojicultor sobre a importância de usar sementes de qualidade. "A semente deve ter características fisiológicas, sanitárias como altas de vigor, de germinação e de sanidade, além de pureza genética, que o grão não tem", afirmou.

Outro ponto abordado pelo pesquisador foi o fato de que comprando sementes certificadas, o agricultor poderá recorrer à legislação, caso haja algum problema. "Hoje existe uma conscientização muito forte no Brasil, graças ao trabalho forte da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) do papel que o produtor de semente tem para agricultura."

Krzyzanowski ressaltou ainda a importância da soja na alimentação, já que é a proteína mais barata do Brasil. Para ele, o produto é a solução de problemas como a fome, por exemplo. "Feliz do país que tem soja na sua área de produção porque é o produto que vai solucionar o problema da fome e da qualidade de vida das populações de países pobres como os da África."

  Juliana Freire (Mtb 3053/DF)Contato: (61) 3448-4039Juliana.freire@embrapa.br