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Milho e sorgo em destaque na Embrapa

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O aumento da demanda por alimentos no mundo e as questões agroenergéticas foram os assuntos abordados pelo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho - Abramilho, Odacir Klein, na palestra da solenidade de abertura da 53ª Reunião Técnica Anual do Milho e 36ª Reunião Técnica Anual do Sorgo, realizada no auditório da Embrapa Clima Temperado, em Pelotas, nessa terça-feira (15).

O evento que está sendo realizado em parceria com a Emater/RS, acontece até quinta-feira (17), onde estão reunidas cerca de 200 pessoas.

O chefe geral da Embrapa Clima Temperado, Waldyr Stumpf Junior, deu as boas-vindas aos participantes do encontro e destacou a importância do evento que caracteriza-se como um fórum de discussão e encontro de pesquisadores, extensionistas, professores, produtores, empresários e estudantes que trabalham com as culturas de milho e de sorgo no RS. "O milho é muito importante para diversas cadeia produtivas,  para a criação de animais, para a produção de alimentos, gerando emprego e renda para muitas famílias", acrescentou.

A coordenadora do evento e pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Marilda Porto Pereira disse que as reuniões serão desenvolvidas sob a forma de palestras, painéis e discussões no âmbito das Comissões Técnicas de: genética, melhoramento e tecnologia de sementes; nutrição vegetal e uso do solo; fitopatologia; entomologia; controle de plantas daninhas; ecologia, fisiologia e práticas culturais; além de difusão de tecnologia e socioeconomia. "A reunião anual estabelece orientações para a assistência técnica repassar aos produtores, relativas a diversos aspectos de produção do milho e do sorgo no Rio Grande do Sul, tais como: cultivares, manejo de solo, adubação, controle de plantas daninhas, entre outros", informou Marilda.

Na palestra de abertura, Odacir, destacou que o aumento do preço dos alimentos que vem ocorrendo em todo o mundo se reflete, especialmente, em função do aumento de consumo na China, que retirou ao longo de 10 anos, 180 milhões de pessoas da linha de miséria. "Isso significa que essas pessoas passaram a ter acesso a compra de alimentos", ele exemplificou o impacto do consumo chinês na produção mundial de alimentos  "o consumo per capita de carne bovina na China é de apenas 4 quilos por ano. Ainda assim, os chineses já consomem 10% da produção mundial. Se cada chinês consumisse a mesma quantidade de carne bovina que um brasileiro, 25,5 quilos, a China responderia por 75% do consumo mundial".

Ele disse ainda que foge da realidade a justificativa de que o aumento do preço dos alimentos é baseado exclusivamente no aumento dos custos de produção, sem considerar a capacidade de fornecimento de insumos agropecuários.

Quanto a produção de biocombustíveis, o palestrante salientou a diferença em etanol (obtido através de milho e da cana-de-açúcar) e o biodiesel (que utiliza soja, mamona, pinhão manso, girassol, canola, palma, tungue, entre outros). "Acredito que a produção de etanol mundial continuará aumentando de forma gradativa e constante. Entretanto, quanto ao biodiesel, atualmente não existe no mundo, matéria-prima suficiente que possibilite um salto de produção, pois esse tipo de óleo, oriundo de determinadas culturas, tais como palma, canola e girassol, tem uma grande demanda interligada a alimentação humana", informou.

Ele ressaltou a importância das pesquisas ao afirmar que "a demanda mundial não tem como diminuir, especialmente, em função do mercado asiático. É preciso um aumento sustentável da produtividade mundial e a Embrapa e os demais institutos de pesquisa podem contribuir com isso".    Christiane Rodrigues Congro Bertoldi (Mtb-SC 00825/9)Embrapa Clima Temperado Contatos: (53) 3275-8113congro@cpact.embrapa.br

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