Na corrida contra o tempo para implementar, até dezembro de 2010, os 10 grandes projetos inseridos no PAC Embrapa, a diretoria executiva (DE) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, instalou nesta quarta-feira (16) o comitê consultivo do programa. "Temos apenas dois anos e meio para aplicar os recursos do programa em projetos nossos, da ordem de R$ 650 milhões, contratar 1,2 mil empregados e isso exige um mutirão para que possamos atingir os objetivos", disse o diretor-presidente da estatal, Silvio Crestana.

Ao instalar o comitê consultivo, composto por seis pesquisadores da instituição (na foto) Crestana enfatizou a importância do programa para realizar as mudanças necessárias a uma empresa moderna, com atuação em três agendas fundamentais: a de apoio ao governo federal, a social – que torna o conhecimento público - e a comercial. Segundo ele, é este grupo (confira a composição) que vai coordenar a elaboração dos planos de ação, mobilizar os meios necessários à elaboração  e submetê-los à aprovação da DE.

Participação das Uds é fundamental

A aplicação dos recursos do PAC (confira informações adicionais abaixo) e o acompanhamento dos projetos inseridos no programa serão acompanhados de perto pelo comitê e são  tarefas que, embora tenham etapas burocráticas – como prestação de contas à auditoria – não podem ser negligenciadas. Por isso mesmo os membros do comitê consultivo foram escolhidos seguindo um único critério comum: todos foram ou ainda estão na chefia de Unidades Descentralizadas (Uds) que têm um excelente desempenho.

São estas pessoas que deverão manter clara a visão de que a implementação do PAC não trata apenas da revitalização da Empresa, mas também de uma oportunidade única para melhorar o próprio Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA) – até porque conta com aval da Presidência da República e do MAPA – e ainda dar maior e melhor competitividade à estatal, que expande sua participação no mercado global.

O presidente do comitê, Luiz Gomes de Souza, observa que esse grupo gestor e a secretaria executiva (a ser definida nos próximos dias) tem papel de auxiliar a DE, de articulador frente aos executores – que são as Unidades Descentralizadas. "Se as Uds não se sentirem parte do programa, será difícil de realizar o trabalho. Precisamos mobilizar as pessoas para fazermos a gestão do PAC juntos, em cada um dos seus pontos", afirmou Gomes.

Luiz Gomes enfatiza a necessidade do envolvimento de todos no PAC Embrapa porque é justamente o programa que  vai abrir novas frentes à Empresa – principalmente com recursos. Um bom exemplo disso é a certeza de que será possível abrir 1,2 mil vagas até 2010, em especial em áreas estratégicas – que embora já sejam necessárias ainda não existem na instituição, como profissionais para atuar em aquicultura. Também a modernização dos laboratórios de pesquisa, com a automatização de determinados serviços que podem colocar em risco a saúde dos empregados.

O comitê consultivo

Vânia Beatriz Rodrigues Castiglioni/Embrapa Soja; Lucas Antônio de Sousa Leite/ Embrapa Agroindústria Tropical e Luiz Gomes de Souza/DE (à esquerda na foto); Elsio Antônio Pereira de Figueiredo/Embrapa Suínos e Aves; Beatriz Silveira Pinheiro/Embrapa Arroz e Feijão e João Carlos Costa Gomes/Embrapa Clima Temperado (à direita).

O PAC Embrapa

Criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 23 de abril de 2008, o programa tem 10 projetos: Agricultura Amazônia sustentável; Segurança alimentar e alimentos seguros; Aproveitamento dos recursos naturais e produção agrícola sustentável; Competitividade e sustentabilidade da agricultura familiar; Avanço da fronteira do conhecimento; Agroenergia; Governança e inovação institucional; Revitalização e modernização da capacidade intelectual e da infra-estrutura; Recuperação da capacidade operativa das Organizações Estaduais de Pesquisa Agrícola; e Monitoramento por satélite das obras do PAC e de seus impactos.

Recursos: serão destinados à pesquisa agropecuária, até dezembro de 2010, cerca de R$ 914 milhões. Desse total, R$ 650 milhões serão investidos diretamente na Embrapa. Outros R$264 milhões vão para a Empresa e a Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária (OEPAs), integrantes do SNPA. Os recursos se somarão ao orçamento anual da Embrapa e serão aplicados no custeio de novas frentes de pesquisa, na construção de instalações físicas, na modernização da infra-estrutura de laboratórios e na contratação de pessoal.

Deva Rodrigues (MTB/RS 5297)Contato: (61) 3448-4568E-mail : deva.rodrigues@embrapa.br