Cerca de 120 técnicos e produtores rurais da Serra Gaúcha acompanharam o ciclo de palestras da BASF, na última quinta-feira, 17 de julho, na Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves. A multinacional alemã, que atua no ramo químico com bases em 39 países, no Brasil com sede em Guaratinguetá, vem desenvolvendo trabalhos com diversas Instituições de pesquisa e ensino, entre elas a Embrapa Uva e Vinho. Todas as palestras apresentadas foram direcionadas para a qualidade do produto final.

O chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho, pesquisador Alexandre Hoffmann, deu as boas vindas para todos os presentes e ressaltou a importância das parcerias realizadas. Em seguida, o engenheiro agrônomo Walter Jacobellis, gerente MKT BASF cumprimentou os presentes e agradeceu a Embrapa Uva e Vinho a abertura para a realização do ciclo de palestras da Basf na Unidade.

Primeiramente o pesquisador da Estação Experimental de Fruticultura Temperada da Embrapa Uva e Vinho, Gilmar Natchigall, apresentou as vantagens do método DRIS na fruticultura, um sistema integrado de recomendação e diagnóstico. Trata-se de um método de diagnose do estado nutricional baseado no cálculo de índice para cada nutriente, considerando a sua relação com os demais, comparados com uma população de referência. Entre as vantagens deste método desenvolvido em 1973 estão as comparações, que fornecem um melhor indicador das deficiências, e a possibilidade de poder ser aplicado nas diferentes fases de desenvolvimento da cultura.

Na seqüência, o enólogo Lucindo Copat, da Vinícola Salton, explanou sobre comercialização de vinhos, mostrando a trajetória de evolução da vinícola, a adesão de planos estratégicos, investimentos em tecnologia, qualificação de pessoal e formas para agregar valor aos vinhos produzidos.

O pesquisador da área de fitopatologia da Embrapa Uva e Vinho, Lucas Garrigo, apresentou além dos resultados dos testes feitos com aplicação de fungicidas nas videiras da Unidade de pesquisa, para controle da Glomerella (podridão da uva madura), outras medidas recomendadas para o controle racional das doenças da videira. Foram apresentados a eficácia alcançada com alguns fungicidas de diferentes grupos químicos e os principais fatores que determinam o êxito do controle, como a escolha do produto, a dosagem adequada, a regulagem correta do pulverizador, o cuidado com as misturas dos produtos - o que pode ocasionar a neutralização dos mesmos, a dose e cobertura adequada. Além disso, o pesquisador reforçou junto aos produtores a importância de outras ações que evitam a propagação das doenças que atingem as plantas, como a retirada das fontes de contaminação (ramos podados e cachos contaminados da safra anterior), tratamento de inverno com calda sulfocálcica e calda bordalesa, pode verde para maior aeração, reduzindo o molhamento foliar e o controle de insetos-pragas para evitar ferimentos nas bagas de uvas.

Encerrando o evento, o engenheiro Agrônomo da BASF, Virlei Abramssom, apresentou o conceito AgCelence, que significa Agricultura de Excelencia, enfatizando a satisfação da BASF por sua afinação com a pesquisa oficial. O destaque da explanação ficou por conta dos resultados já verificados com a aplicação do agroquímico Cabrio Top, que integrou os testes feitos pela Embrapa, com bons resultados. O fungicida que trabalha na fisiologia da planta aumenta a fotossíntese líquida, diminui o etileno das plantas promovendo maior duração das folhas verdes e, sobretudo, confere resistência às videiras quanto a vírus e bactérias.

Mais informações:Viviane Zanella Bello Fialho Assessoria de ComunicaçãoEmbrapa Uva e VinhoContatos: ( 54)-3455-8084