01/08/08 |

Documentário canadense mostrará a biofortificação no Brasil

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

Uma produtora canadense está documentando alguns aspectos da diversidade cultural em países como Brasil, Costa Rica, Estados Unidos, Alemanha, Turquia, China, Índia e África do Sul. O documentário, que será concluído em um ano, tem o objetivo de mostrar a adolescentes canadenses o que fazem e como pensam diferentes povos. No Brasil, além dos aspectos culturais será abordado o trabalho de pesquisadores da Embrapa para a biofortificação de alimentos com ferro, zinco e betacaroteno, bem como, os reflexos da iniciativa junto a produtores rurais e creches em Sergipe. Será o único país do documentário com pauta no campo da ciência.

As gravações começaram na quinta (31.07) na Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro-RJ) onde o pesquisador José Luiz Viana de Carvalho pontuou o escopo do projeto de biofortificação que envolve o melhoramento convencional de arroz, feijão, milho, feijão caupi, mandioca amarela e batata-doce de polpa alaranjada. Esses alimentos estão na dieta básica da população e podem oferecer maior teor de micronutrientes (ferro, zinco e betacaroteno) para o combate à anemia, cegueira e à baixa resistência do organismo. 

A Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical (Cruz das Almas/BA), por exemplo, já tem variedades de mandioca com teor de betacaroteno igual a 12 mg/kg, o triplo do encontrado em raízes comuns.  A Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás/GO) conseguiu 3 genótipos de feijão com  teores de ferro acima de 90 mg/kg. Para zinco, outros 7 genótipos têm teores acima de 50 mg/Kg. Em cultivares convencionais, esses teores não passam de 60 mg/Kg e 35 mg/kg, respectivamente. As pesquisas trabalham também a melhoria da produtividade das variedades biofortificadas. 

No Rio, o documentário mostrará o processo de análises de amostras recebidas de todo o país, etapa imprescindível para orientar os trabalhos em busca de variedades biofortificadas, e também a elaboração de produtos derivados como o macarrão e os snacks assados de farinha de batata-doce biofortificada. 

Em Sergipe, com o apoio da Embrapa Tabuleiros Costeiros, a Image Works visitará produtores rurais que estão cultivando as novas variedades de mandioca e batata-doce, ricas em betacaroteno, e o envolvimento de creches no projeto com o intuito de medir a melhoria em crianças com déficit nutricional.

O documentário surgiu da demanda do Departamento de Educação de Alberta (Canadá) e conta com o apoio da organização Médicos sem Fronteira e da Canadian International Development Agency (CIDA), uma das fontes financiadoras do programa AgroSalud para biofortificação de alimentos.

No Brasil, a biofortificação tem a participação de 7unidades da Embrapa (Agroindústria de Alimentos, Hortaliças, Meio-Norte, Arroz e Feijão, Milho e Sorgo, Tabuleiros Costeiros e Mandioca e Fruticultura Tropical), mais a Unicamp, Unesp, UFRJ e Universidade de Adelaide (Austrália). Cerca de 150 parceiros estão ligados a proposta via programa HarvestPlus e AgroSalud em todo o mundo.

Outras informações:Pesquisador José Luiz Viana de Carvalho (jlvc@ctaa.embrapa.br) Embrapa Agroindústria de Alimentos21 3622 9799 ou 3622 9600

Soraya Pereira (MTB 26165/SP). soraya@ctaa.embrapa.br Embrapa Agroindústria de Alimentos21 3622 9736 ou 9881 0535

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/