07/08/08 |

Ministro da Agricultura visita o Pará

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Alternativas para agroenergia na Amazônia - em especial a produção de dendê e de biocombustível a partir de óleo de palma - é tema prioritáriona agenda que o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, cumpre no Pará durante três dias, a partir desta quarta-feira(6).

Na sexta-feira (8), o ministro trata do tema em reunião técnica, em Belém, com pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental, técnicos da secretaria estadual de Agricultura, da Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), da Delegacia Federal da Agricultura e representantes da Faepa(Federação da Agricultura e Pecuária do Pará).

Na quinta-feira (7), a programação inclui visitas à fábrica de óleo Agropalma e áreas de três produtores de dendê, no município de Tailândia.

O Pará é o maior produtor nacional de óleo de palma (extraído dos frutos do dendezeiro), respondendo por cerca de 95% da produção. A Agropalma sozinha responde por cerca de 50% da demanda interna brasileira do produto.

Os dois grandes pólos da dendeicultura no Estado compreendem os municípios de Tailândia, Mojú e Acará, ao sul de Belém, e, a nordeste, Benevides,Santa Izabel do Pará, Santo Antônio do Tauá, Castanhal e Igarapé-Açu.

Desde o lançamento do Plano Nacional de Agroenergia, em outubro de 2005, a aptidão do Norte para o dendê como matéria-prima para extração de biodiesel  tem sido cada vez mais destacada. Na região existe uma área (já desmatada) superior a cinco milhões de hectares aproveitáveis para a dendeicultura.

Cinco mil hectares plantados de dendê resultam em 20 mil toneladas anuais de óleo de palma. De acordo com dados da Embrapa, o custo de implantação de um hectare de dendê em 2006 variava entre US$ 2 mil a US$ 2,5 mil. O custo industrial, para cada hectare plantado, correspondia a US$ 1 mil. Exemplificando: cinco mil hectares de dendê (ao custo de US$ 10 mi) e seu processamento em usina (US$ 5 mi) necessitariam de um investimento de US$ 15 milhões.

Os estudos indicam ainda que o retorno do investimento é previsto para após o sexto ano de plantio, quando o dendê entra em produção comercial:são 20 toneladas anuais de cachos e frutos frescos por hectare.

Os técnicos consideram essencial não poupar investimentos na qualidade da usina, pois é nesse ponto da cadeia produtiva que os custos de produção(quanto mais baixos, melhor) podem interferir decisivamente no sucesso do empreendimento.

Izabel Drulla Brandão (MTb 1084/PR)Embrapa Amazônia OrientalContato: (91) 3204 1200 – izabel@cpatu.embrapa.br

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