27/08/08 |

Instituições mapeiam áreas de mangabeiras em Sergipe

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Vinte técnicos de diversas instituições ligadas à pesquisa, fiscalização, meio ambiente e desenvolvimento visitam nesta quinta-feira, 28 de agosto, o povoado Capoã, em Barra dos Coqueiros (SE), a partir das 9h. No local serão iniciados os trabalhos de mapeamento das áreas de extrativismo da mangaba e de outros produtos da biodiversidade associados do litoral de Sergipe. Este trabalho faz parte de uma das recomendações do Ministério Público Federal em Sergipe, que compôs um grupo de trabalho interinstitucional para subsidiar o planejamento da conservação da atividade extrativista da mangaba.

Até outubro está previsto o mapeamento de 80 comunidades produtoras de mangaba localizadas nos municípios de Barra dos Coqueiros, Pirambu, Santa Luzia do Itanhy, Pacatuba, São Cristóvão, Itaporanga d'Ajuda, Estância, Aracaju, São Cristóvão, Indiaroba, Japoatã, Japaratuba e Santo Amaro das Brotas. Além da área de ocupação dos remanescentes de mangabeira, os técnicos vão colher informações sócio-econômicas das catadoras.

A estimativa é que cerca de 5 mil pessoas vivam do extrativismo da mangaba no litoral de Sergipe. Estudos mostram que esta atividade tradicional, além de contribuir significativamente com a renda familiar de grupos em situação de vulnerabilidade social, permite a conservação da vegetação associada aos remanescentes de mangabeira e de saberes e práticas a eles associados. De acordo com pesquisadores da Embrapa, áreas remanescentes de mangaba estão praticamente desaparecendo nos estados do Nordeste em virtude da monocultura e da especulação imobiliária.

Sergipe é um dos estados em que as áreas de mangabeira estão mais conservadas, mas as catadoras ainda sofrem diversas pressões. Desde o ano passado, a partir da realização do I Encontro das Catadoras de Mangaba de Sergipe, o grupo se organizou e criou o Movimento das Catadoras de Mangaba (MCM). A principal reivindicação do movimento é o acesso livre às mangabeiras e o incentivo ao plantio. No primeiro semestre deste ano, o MCM solicitou audiência com o Ministério Público, na qual falaram sobre as questões que envolvem a atividade.

Por determinação do Ministério Público, diversas instituições estão realizando ações em conjunto com o MCM no intuito de viabilizar o planejamento da conservação da atividade extrativista da mangaba. Participam deste trabalho de mapeamento o MCM, a Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju – SE) - Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra/SE), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/SE), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Sergipe (Semarh), Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social de Sergipe (Seides) e do Instituto Chico Mendes.

Gislene Alencar - Jornalista - DRT 05653/MGEmbrapa Tabuleiros Costeirosgislenealencar@cpatc.embrapa.brTelefone 79 4009-1381

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